Dunga e Dilma, tudo a ver
A brincadeira das redes sociais tem um fundo interessante.
Substituição na Presidência da República: sai Dilma, entra Temer. Que pode voltar para o banco. Ou ir para outro lugar, menos confortável. Na Seleção, Dunga é demitido e substituído por Tite. Nos dois casos, está resolvido? A resposta, óbvia, é não.
Na política, depois de mais de um mês à frente do governo, Temer tem convivido com pressões fortes, a exemplo da rotina de Dilma. Os escândalos continuam. Ministros caem e há a revelação diária de que a luta entre corruptos e investigadores está longe do fim. Muita crise ainda pela frente.
Enquanto não houver uma mudança real, começando pelo sistema de representatividade, passando por novas regras para o financiamento de campanhas e desaguando em uma real abertura para o surgimento de gente nova, diferente para tratar da coisa pública, não haverá solução. Com Congresso, políticos e estruturas atuais, impensável qualquer mudança significativa.
Da mesma forma, o nosso futebol exige mudanas nos conceitos. Cartolas ficam décadas à frente de clubes e federações. Os melhores nem sempre são chamados para a Seleção. A força do dinheiro comanda e seleciona os que farão sucesso ou não. Tite é uma esperança. Não mais do que isso, em uma estrutura igualmente corrupta e desigual.
Conclusão: precisamos de um país melhor. Isso exige mais escola e mais educação. Pra começo de conversa.