BRASÍLIA

Dupla presa por ameaçar juízes e promotores possuía material antidemocrático

Duas pessoas foram presas, nesta quinta-feira (21), acusadas de mandarem e-mails com ameaças de morte…

Duas pessoas foram presas, nesta quinta-feira (21), acusadas de mandarem e-mails com ameaças de morte a juízes e promotores do Distrito Federal. Durante a prisão, a Polícia Civil encontrou, na residência dos suspeitos, grande quantidade de material antidemocrático.

Para o responsável pela delegacia especializada em crimes cibernéticos de Brasília, delegado Giancarlo Zuliane, existem mais pessoas envolvidas. Segundo ele, a dupla detida não teria condições financeiras de se manter no local onde foram presas – um apartamento em condomínio de luxo, à beira do Lago Paranoá, que é alugado no nome de outra pessoa.

“Sabemos que é um grupo maior porque percebemos que essas pessoas não têm condições financeiras de manter-se naquele local privilegiado aqui em Brasilia, com veículos, gastos com combustível, impressões em grande quantidade de material. Então existe alguém financiando isso.”

Operação

Na quarta-feira (2), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) solicitou uma instauração de inquérito para verificar as ameaças contra juízes e promotores. Zuliane informou que, após a prisão, a dupla confessou a autoria dos e-maisl.

Ele disse, ainda, que para os dois a morte das autoridades seria algo natural. Eles defenderam, também, a extinção do judiciário e Ministério Público, reforçando a postura antidemocrática.

“Nós temos símbolos nacionais como o brasão da República, e outros que não podem ser utilizados nesse tipo de propaganda. São crimes cujas penas somadas vão dar de dois anos e meio até seis anos de prisão”, disse o delegado.

Presos em flagrante e enquadrados nos crimes de ameaça e utilização de símbolos público, a dupla ainda vai depor. Posteriormente, a polícia vai verificar se a atitude pode considerada um crime mais grave contra a segurança nacional.

A dupla não poderá pagar fiança. Eles serão encaminhados a um juiz de custódia e o mesmo definirá a situação dos suspeitos.

(Com informações do Correio Braziliense)