“É preciso agregar valor às matérias-primas para garantir emprego e renda”, diz Marconi
Ao participar nesta tarde do lançamento do Programa Alimento Confiável, do Sindicato das Indústrias da…
Ao participar nesta tarde do lançamento do Programa Alimento Confiável, do Sindicato das Indústrias da Alimentação no Estado de Goiás (Siaeg), o governador Marconi Perillo defendeu a agregação de valor às matérias-primas brasileiras, como forma de garantir e impulsionar a geração de emprego e renda no País. “Quando formos rever a Lei kandir, vamos ter que colocar essa questão de agregação de valor às nossas matérias-primas, porque senão vai tudo embora. Os empregos vão embora, a agregação tecnológica, a renda”, ressaltou.
Marconi afirmou que o desenvolvimento industrial requer que os estados detenham parte da produção. “Se nós queremos viver em um país industrial é preciso que parte do que é produzido em um estado rico como o nosso fique aqui no Estado. Que seja industrializado, processado aqui no Estado. Hoje a gente envia mais de 80% da soja e do milho que produzimos em Goiás para fora e não fica nenhum centavo de imposto por causa da desoneração. Mais do que isso, ficam os créditos para que o governo pague. Os créditos daquilo que não foi tributado. É algo sério. Além do que, o grosso do emprego fica na indústria de transformação”, observou.
O programa Alimento Confiável busca incentivar as indústrias a melhorarem a qualidade de suas produções e obterem maior confiança dos consumidores, a partir da garantia da qualificação de seus produtos por meio do selo Alimento Confiável. Para tanto, o Siaeg oferece avaliação in loco e consultoria para as empresas. O Sebrae, a Fieg e a Secretaria de Desenvolvimento (SED) são parceiras do programa. “Sou entusiasta do foco que temos que ter em alimentos de qualidade. Esse selo vai funcionar como um certificado de acreditação, a exemplo do que a Organização Nacional de Acreditação (ONA) é hoje para os hospitais brasileiros. É interessante que vocês capilarizem isso de tal forma que o consumidor busque esse selo”, frisou Marconi.
Lembrou a importância dos incentivos fiscais oferecidos às indústrias a partir do seu primeiro mandato, em 1999. “Muitas vezes as pessoas reclamam que um estado em desenvolvimento como o nosso possa abrir mão de até 70% do ICMS. Ora, antes das indústrias virem a gente tinha 100% de zero. Não tínhamos empregos e nem um centavo de impostos. Se você dá o incentivo e atrai, pelo menos vai ter 30, 40% de um imposto que não existia, e ainda vai gerar milhares de empregos diretos e indiretos. Se não dá incentivos, as indústrias vão ficar só nos grandes centros”, disse.
Ressaltou que, desde então, Goiás gerou mais de um milhão de empregos. E, somente nos oito primeiros meses deste ano, gerou 47 mil empregos; enquanto o País, como um todo, gerou 150 mil postos de trabalho. “Goiás é referência para todos os estados”, disse. Superintendente do Sebrae, Igor Montenegro afirmou que o Programa Alimento Confiável vai assegurar a qualidade dos produtos goianos no mercado nacional.
Presidente do Siaeg, o ex-deputado Sandro Mabel (PMDB) relembrou a convalidação dos incentivos fiscais, “uma vitória que Goiás deverá sempre a Marconi”. “Goiás lhe deve a manutenção dos incentivos fiscais e a atração das indústrias. Esses incentivos foram ameaçados durante muitos anos, mas Marconi foi firme, percorreu o Brasil inteiro, se posicionou contra a presidente. Fez isso durante vários mandatos. Brigou por Goiás, pelo desenvolvimento da indústria, pelos goianos. Devemos tudo isso a Marconi”, disse Mabel.