As eleições deste ano em Goiás são um marco para a democracia. Essa é a avaliação que fez o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Kisleu Dias Maciel Filho, durante entrevista coletiva na sede da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) após as apurações dos votos para prefeitos e vereadores.
“Tivemos uma eleição super tranquila e alcançamos o objetivo que era de dar segurança aos eleitores para que no dia de hoje sufragar seu voto nas urnas e eleger os vereadores e prefeitos em todo o Estado”, afirmou.
O presidente comemorou o fato de que nenhuma ocorrência grave foi registrada neste domingo (2), mas não deixou de lamentar a persistência dos crimes eleitorais. “Em todas as eleições infelizmente ainda acontecem algumas infrações. Isso acho que é inerente à própria eleição. Boca de urna, propaganda ilegal, derramamento de santinhos aconteceram, apesar dos esforços do próprio TRE em evitar isso”, disse. Ainda assim Kisleu salientou que os números de registros do tipo são cada vez menores no Estado. “É uma evolução”, pondera.
Outro fator que mereceu destaque na avaliação do presidente foi a velocidade da apuração dos votos. “Tínhamos uma programação para terminar em Goiânia por volta de 8h40 e em todo o Estado lá pelas 9h, e conseguimos fazer com bem mais rapidez. É um momento de celebração, a cidadania foi exercida e o povo elegeu quem gostaria de eleger”, pontuou.
Kisleu ressaltou ainda o peso, para o processo eleitoral, do assassinato do candidato a prefeito de Itumbiara pelo PTB, José Gomes. “Foi um episódio que afrontou a democracia. Nunca tivemos uma situação como a registrada. Oferecemos a segurança necessária para que os eleitores pudessem chegar às urnas e registrar seus votos.
Democracia fortalecida
Carlos Magno Rocha da Silva, juiz da 1ª Zona Eleitoral, também comemorou o resultado das eleições. “A democracia no Brasil se fortalece a cada eleição que se passa. Estamos muito felizes com esse progresso”, afirmou.
Entre os pontos que o juiz destacou estão a participação dos cidadãos na construção de um processo eleitoral mais ético. “Tivemos vários casos que a própria população por meio do aplicativo Pardal denunciou e esses casos serão investigados posteriormente e resultar em processos criminais”, frisou.
Agora, para o segundo turno, Carlos Magno afirma que todo o esforço empenhado neste primeiro turno se repetirá, mas com ainda mais afinco. “Vamos ficar atentos à questão da boca de urna, mais atentos ainda a questão da poluição visual, o lançamento às portas das sessões dos santinhos, uma prática abominável que tem que ser extirpada do processo eleitoral brasileiro, e os candidatos perceberem que podem ser eleitos, sim, mas com propostas concretas que convençam o eleitor.”
Para o juiz, a cada eleição os eleitores se tornam cada vez mais conscientes, um passo que ele considera fundamental para o crescimento do País. “Apenas com o voto consciente de cada eleitor podemos transformar o Brasil e torná-lo efetivamente um país onde a democracia e os direitos reinam”, conclui.