AFEGANISTÃO

Eduardo Bolsonaro compara Talibã a ex-presidente Lula

Filho do presidente Bolsonaro disse que grupo extremista desarmou população como Lula, Hitler e outros

Países ocidentais aceleram retirada afegã ao ver prazo chegar ao fim (Foto: reprodução - Twitter)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comparou o Talibã a Adolf Hitler, Fidel Castro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O grupo extremista tomou a capital do Afeganistão, Cabul, no domingo (15).

Pelas redes sociais, o filho do presidente Bolsonaro (sem partido) disse que o Talibã desarma a população e citou o petista, além de alguns ditadores. “O Talibã se mostra preocupado com a paz e segurança povo, igual a outros pacifistas que desarmaram seu povo, como Lula, Fidel Castro, Chávez, Maduro, Hitler, Stalin, Pol Pot e outros.”

A postagem foi feita na segunda-feira (16), mesmo dia em que o deputado federal por Goiás major Vitor Hugo (PSL) criticou o presidente dos Estados Unidos (EUA) Joe Biden, via Twitter. Segundo o parlamentar, os EUA abandonaram os afegãos a própria sorte.

“Ao deixar o Afeganistão de maneira irresponsável e desordenada, os Estados Unidos abandonam milhares de afegãos à sua própria sorte. Invasão de aeroporto para multidões desesperadas, pessoas caindo de aviões, mulheres reféns… Foi para isso, Joe Biden, que você assumiu a Casa Branca?”, questionou.

O deputado Vitor Hugo é aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (sem partido), que era declarado a favor do ex-presidente Trump, derrotado no pleito dos EUA, em novembro. Vale lembrar, o brasileiro reconheceu a vitória do norte-americano mais de um mês após as eleições.

Tomada de Cabul pelo Talibã e retirada dos EUA

Vale lembrar, neste domingo (15) o presidente do Afeganistão Ashraf Ghani deixou o país depois do grupo extremista Talibã cercar a capital do Cabul. Segundo o grupo, o controle do palácio presidencial foi tomado após a fuga.

O grupo foi expulso da capital por soldados dos Estados Unidos há 20 anos, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os militares dos EUA também se retiraram do Afeganistão.

Joe Biden

Na segunda, o presidente dos EUA Joe Biden admitiu que o país cometeu erros. Contudo, ele afirmou que não se arrepende da retirada das tropas.

“Nossa missão no Afeganistão teve muitos erros nas últimas décadas. Eu sou o presidente dos EUA e essa guerra acaba comigo. Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra e manter foco na nossa missão de contraterrorismo.”

PCO sobre o Talibã

De extrema-esquerda, o Partido da Causa Operária (PCO) comemorou a tomada do Talibã e a retirada das “ocupações imperialistas”.

“Ao bater em retirada, o imperialismo estadunidense revela a crise em que se encontra. Sem sombra de dúvida, o avanço do Talibã representa uma enorme vitória sobre os piores inimigos dos oprimidos de todo o planeta. Pelo fim das ocupações imperialistas!”, escreveu a conta oficial do partido no Twitter.

A afirmação gerou comoção nas redes sociais. “Mulheres afegãs à beira de perderem todos os direitos humanos possíveis e esquerdinha me falando de vitória contra o imperialismo”, se referiu uma internauta ao partido.

“Aproveite o domingo. Amanhã é dia de acordar cedo e trabalhar pra pagar os R$4 milhões que o PCO vai levar do Fundão pra fazer campanha a favor do Talibã”, tuitou mais um. E outro: “PCO é o outro lado da moeda do bolsonarismo. Ambos lunáticos.”