Eleição antecipada na Câmara de Aparecida: presidente nega interferência de Mendanha
Na semana passada, o vereador conduziu processo que definiu mudanças no regimento interno que permite a convocação de antecipação das eleições para o biênio 2022-2023
O presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, André Fortaleza (MDB), diz que não há interferência do prefeito Gustavo Mendanha (sem partido) nas decisões internas da Casa. Na semana passada, o vereador conduziu processo que definiu mudanças no regimento interno que permitem a convocação de antecipação das eleições para o biênio 2022-2023.
“Não houve interferência de Gustavo [Mendanha] ou Tatá [Teixeira, secretário de articulação política], mas de outras pessoas. Não vou revelar quais”, disse em entrevista coletiva realizada na sexta-feira (15).
“Mostrei meu celular para vereadores. Mandei mensagem para o Tatá, dizendo ‘não entra nisso porque é a primeira vez que a Câmara de Aparecida vai decidir a vida dela'”, salientou André Fortaleza.
O processo de mudança no regimento gerou descontentamento entre parte dos vereadores. Votaram contra Fábio Ideal (PP), Araújo (MDB), Diony Nery (PSDB), Erivelton Contador (PP), Lélis Pereira (PP), Kézio Montalvão (Solidariedade) e Isaac Martins (PL). Com isso, foram sete votos contrários e 17 favoráveis. O presidente não vota.
Saída de Gustavo Mendanha abre espaço para ‘oposição’
A leitura que alguns vereadores fazem é que a antecipação da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia tem relação com a saída de Gustavo Mendanha da prefeitura para a disputa estudal em 2022. Com isso, o vice-prefeito Vilmar Mariano (MDB), que tem relação desgastada com André Fortaleza, assume a prefeitura e poderia inviabilizar a reeleição no ano que vem.
Perguntado sobre isso, o presidente da Câmara respondeu que há divergências, mas que torce para “que ele possa dar continuidade ao trabalho de Gustavo”. “Eu não ouvi isso dele. E não quero tratar de boatos”, respondeu sobre possibilidade de campanha de oposição feita por Vilmar Mariano a ele.
O projeto aprovado prevê renovação da mesa em sessão extraordinária a ser realizada após comunicação prévia de 24 horas. Além disso, estabelece a criação do Conselho de Ética a ser constituído por cinco vereadores, com três suplentes.