Eleições 2020: chegamos na semana de decisão

Um fenômeno que se intensifica no eleitorado brasileiro é a decisão do voto cada vez mais próxima do dia da eleição. Essa postergação da escolha para os 45 do segundo tempo já vem sendo percebida nos últimos pleitos pelos estudiosos do assunto e, em 2020, isso deve ficar ainda mais visível. A pandemia e as dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta vêm tomando a atenção do público de tal forma que não sobra espaço para as eleições na cabeça do brasileiro.

O ponto é que, por conta do voto obrigatório, independente do quanto a pessoa tenha refletido sobre os candidatos, no próximo domingo ela terá que digitar os números daqueles que ela vê como os ideais para os cargos de prefeito e vereador.

Mudanças na reta final são frequentes nas eleições brasileiras. E estão ficando cada vez mais surpreendentes.

Em 2014, Aécio Neves virou pra cima de Marina Silva e conquistou vaga no segundo turno no final da campanha. Em 2016, João Dória disparou para vencer a prefeitura de São Paulo em primeiro turno nos dias derradeiros. Em 2018, Wilson Witzel e Romeu Zema cresceram significativamente no finalzinho que as últimas pesquisas não conseguiram captar essa mudança no eleitorado tão perto do dia das eleições. Fenômenos assim tendem a acontecer com uma frequência ainda maior em 2020.

Os políticos sabem que a decisão está acontecendo cada vez mais próxima do Dia D e, por isso, deixam para gastar o grosso dos recursos da campanha na reta final.

Por isso, se prepare, nobre leitor: uma overdose de material de campanha chegará em suas mãos nos próximos dias.

Pelo WhatsApp, Facebook, Twitter ou comercial de vídeo de Youtube. Panfleto, santinho ou carreata na porta de sua casa. Os candidatos farão de tudo para aparecer e grudar o número de suas campanhas em sua memória nesses seis dias que nos separam da urna eletrônica. Esteja pronto para o bombardeio de propagandas.