ELEIÇÃO EM ABRIL

Eliton diz que ainda precisa “amadurecer” decisão de assumir presidência do PSDB

Ex-governador defende resgaste dos valores do partido com vistas para o desenvolvimento econômico e social, e frente pela democracia em posição antagônica na esfera federal

José Eliton conversa com Jânio Darrot (Foto: Reprodução / Facebook)

O ex-governador José Eliton (PSDB) confirmou ao Mais Goiás que, há cerca de duas semanas, esteve reunido com membros do PSDB – entre eles o ex-governador Marconi Perillo – e convidado por todos os presentes para ser o novo presidente estadual da sigla. O cargo, destaca-se, será ocupado por Jânio Darrot até abril deste ano.

“Fiquei muito honrado, mas disse que iria refletir, mesmo porque tenho compromissos profissionais. Como o mandato de Jânio encerra em abril, ainda tenho um pouco de tempo para amadurecer. Não posso assumir pela metade”, declarou.

Assumindo ou não, Eliton defende que o partido resgate os valores históricos de sua fundação – como pensado por Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas -, com vistas para o desenvolvimento econômico e social. “Inclusive, no âmbito federal deve estar em uma frente ampla pela democracia, em posição antagônica em relação ao governo Bolsonaro (sem partido).”

Prefeitos

O PSDB elegeu 21 partidos em 2020, saindo de um número de 76 em 2016. Além disso, já existem nomes migrando para o DEM, de Ronaldo Caiado (DEM), como Hermano Carvalho, de Aruanã. José Eliton considera esse movimento natural em todos os governos. Contudo, ele acredita que se alguém é eleito pela oposição, deve seguir.

Questionado se o assédio do DEM aos prefeitos do PSDB – lembrando que nos anos 2000, houve uma movimentação contrária – é algum tipo de revanchismo, o ex-governador diz que é um movimento natural. “Se é revanchismo é irrelevante. De fato, a política brasileira está nesse nível”, lamenta.

Sobre isso, inclusive, ele cita um companheiro de partido, o senador Tasso Jereissati: “Os partidos foram destruídos nas eleições da Câmara e Senado, fragilizando a democracia. Por causa de negociações pessoais os partidos perdem a identidade.”