FRAUDE

Em Anápolis, Bolsonaro diz que fraude levou eleição de 2018 para o segundo turno

Presidente também reforçou superdimensionamento de mortes, tratamento precoce e disse que vacinas não tem comprovação

Em Anápolis, Bolsonaro volta a dizer que venceu eleição de 2018 em primeiro turno (Foto: Reprodução)

Durante discurso na Church in Connection, em Anápolis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que venceu a eleição presidencial de 2018 no primeiro turno e que houve fraude para levar a disputa ao segundo turno. Bolsonaro repetiu a tese de que só não conseguiram impedir a sua consagração porque ele “teve muito voto”.

“Eu fui eleito no primeiro turno. Tenho provas materiais disso. Mas o sistema, a fraude – que existiu, sim – me jogou no segundo turno”, declarou. Bolsonaro, contudo, nunca apresentou as provas, apesar de repetir o discurso em diversas situações.

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Na ocasião, ele também jogou indiretas contra a China por causa da pandemia. “Esse vírus nasceu de animal ou laboratório? Eu tenho na minha cabeça de onde ele veio e pra que”, afirmou antes de criticar, mais uma vez, as medidas restritivas tomadas por prefeitos e governadores no País para frear o contágio da doença.

Inclusive, ele voltou a falar sobre as mortes pela Covid. Segundo ele, um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) dava a entender que houve um superdimensionamento de mortos pela doença para que gestores pudessem receber mais verbas.

Em nota, contudo, o TCU já desmentiu o presidente. “O TCU esclarece que não há informações em relatórios do tribunal que apontem que ‘em torno de 50% dos óbitos por Covid no ano passado não foram por Covid’, conforme afirmação do Presidente Jair Bolsonaro divulgada hoje.”

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O presidente afirmou, ainda, que sem esse superdimensionamento o Brasil seria um dos países com menos mortes pela doença em 2020. Para ele, o motivo é o tratamento precoce, citando a hidroxicloroquina – que não tem comprovação científica. “A vacina também não tem comprovação científica, está experimental”, declarou.

Vale destacar, as vacinas utilizadas no País foram testadas em três fases até receberem a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo que emergencialmente, a Anvisa reconhece a eficácia científica dos imunizantes.

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