Em Goiânia, 74 eleitores transgêneros vão para urna com nome que escolheram
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Goiânia possui 74 eleitores utilizando o nome social. Em…
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Goiânia possui 74 eleitores utilizando o nome social. Em 2016, ainda não havia nenhum por falta desta possibilidade, o que foi revisto em 2018 e normatizado em 2019 por resolução do TSE. Assim, houve a possibilidade de transexuais, travestis ou qualquer outro gênero escolherem o nome que preferem utilizar nas urnas.
Ou seja, os nomes sociais são aqueles pelos quais pessoas transexuais, travestis ou qualquer outro gênero preferem ser chamadas cotidianamente, em contraste com o nome oficialmente registrado, que não reflete sua identidade de gênero. Inclusive, neste pleito tiveram participações de candidatos utilizando o nome social. São seis entre os 22.544 postulantes a cargos eletivos no Estado.
São eles: Jhôanne Pereira de Amorim (PV), em Goiânia; Payllety Ramona Jordana (DEM), em Ipameri; Soraya Mendes Kuty Rodrigues Santos (MDB), em Morrinhos; Darphinny Myrella Cirino e Silva (PP) e Uanderson Xavier Coelho (Cidadania), em Planaltina; e Paolla Bracho Ribeiro do Nascimento (PP), em São Miguel do Araguaia.
Jhôanne é mulher trans. Ao Mais Goiás, ainda em setembro, ela disse que, apesar de poucos candidatos utilizando o nome social, já é uma vitória. “Se fosse um, já seria um começo”, declarou à candidata a vereadora pelo PV.
Outros índices
Na eleição de 2016, a cidade teve 757.754 votos no primeiro turno, de um total de 957.161 eleitores, segundo dados do TSE. Este ano, a capital possui 971.221 pessoas aptas a votar – destas, 966.896 com biometria.
O quantitativo do eleitorado com deficiência se manteve em 2016 e 2020: 7.099. Na divisão por gênero, também não houve mudança na proporção: 54,5% de eleitoras contra 45,5% de eleitores. Por faixa etária, eram 1.100 com 16 anos, em 2016. Neste ano, 377. Já os acima de 100 anos, eram 49 e foram para 118. O maior número de eleitores do pleito municipal passado se concentrou naqueles com 30 a 34 anos: 116.710. Em 2020, a capital possui mais votantes entre 35 e 39: 112.165.
Por escolaridade, neste ano, são 31,84% com ensino médio completo; 19,27%, superior completo; 15,11% ensino fundamental incompleto; 13,23%, ensino médio incompleto; 10,66%, ensino superior incompleto; e 6%, ensino fundamental completo. Lê e escrevem 3,09% e analfabetos, 0,8%.
Já em 2016, por escolaridade, eram: 30,5%, ensino médio completo; 18,58%, superior completo; 17,09%, ensino fundamental incompleto; 12,45%, ensino médio incompleto; 10,24%, superior incompleto; 6,69%, ensino fundamental completo; 3,58%, lê e escreve; e 0,87%, analfabetos.