Em Goiânia, Carlos Lupi revela planos do PDT para Goiás, fala de Ciro e mais
Presidente nacional do PDT endossou, ainda, a candidatura de Paulinho Graus à prefeitura de Goiânia e explicou sua presença na festa de 40 anos do PT
Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, esteve em Goiânia, no Castro’s Park Hotel, na noite desta quarta-feira (12) para lançar o livro “Um golpe contra os trabalhadores”. Na ocasião, ele garantiu que a sigla trabalha para a confirmação do máximo de candidaturas majoritárias possíveis no Estado.
“Claro que em todos não é possível, por conta da pluralidade de partidos, mas estamos trabalhando para conseguir o máximo possível”, revelou. Não só isso, o líder pedetista também endossou a pré-candidatura de Paulinho Graus (PDT) à prefeitura de Goiânia, como antecipado pelo próprio vereador ao Mais Goiás. “Está fazendo um costura interessante e propondo uma nova via para cidade”, resumiu Lupi sobre o goianiense.
Apesar de ainda cedo, ele falou, também, sobre Ciro Gomes. Ele deve sair novamente candidato a presidente, em 2022. “Já estamos”, respondeu ao ser questionado sobre a candidatura do presidenciável. “Estamos andando o País. O Ciro tem andado o Brasil todo na construção do nosso projeto.”
De acordo com ele, a consequência natural disso é formar uma aliança de pessoas que pensam com o País.
[olho author=””]Não tem projeto excludente, projeto que não aceite a compreensão de um Brasil múltiplo, que tem várias faces, vários Brasis dentro de um Brasil só – nordeste uma realidade, norte outra realidade, centro-oeste, sul, sudeste… E esse Brasil, que é multifacetado, precisa ter uma representação de quem realmente o conheça verdadeiramente. E eu percebo claramente que a população se convence de que o Ciro é a pessoa mais preparada para presidir o País.[/olho]
Acerca de união das esquerdas, ele pontua que cada um tem que lutar pela sua causa. “Temos um projeto nacionalista, desenvolvimentista representado pelo Ciro, pela sua profunda experiência de gestão, e estamos apresentando isso à população. E quem julga é o povo”, afirma.
40 anos do PT
O presidente do PDT marcou presença na festa de 40 anos do PT, que aconteceu no último sábado (8), na Fundição Progresso, no Rio – também estiveram nomes do PSB, PSOL, PCdoB, etc. Apesar das críticas de determinadas alas pedetistas, Lupi ressalta: “A gente é democrático.”
Segundo ele, o D [do PDT] de democrático não pode ficar só na sigla. “Estive na festa do PT, estive ontem [terça-feira (11)] lançando candidato na Bahia com uma possível aliança com o DEM. Hoje nós estivemos em Brasília, em uma frente nova que estamos criando (PDT, PSB, Rede e PV)… Então, a pluralidade é a marca democrática. Conversar com todo mundo é a prática do verdadeiro democrata e eu procuro fazer isso”, reforça.
Inclusive, na festa do PT ele já tinha afirmado: “Precisamos nos aglutinar, nos juntar, para resistir e elaborar projeto comum para ganharmos o povo brasileiro no campo das ideias e, depois, discutirmos quem terá melhores condições de ganhar a eleição em 2022.”
Livro
Na obra, que Lupi já tinha classificado como “homenagem aos trabalhadores, a Getúlio Vargas, João Goulart, a Brizola e ao Trabalhismo”, o autor faz denúncias dos ataques feitos pelos presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (sem partido) à classe trabalhadora. “O maior absurdo de todos é você ver algo que nem a ditadura conseguiu fazer: extinguir o Ministério do Trabalho. Hoje a categoria do trabalho não tem representação”, declarou nesta quarta.
Ele ainda afirmou que o livro “Um golpe contra os trabalhadores” denuncia a diminuição de salário, desemprego, falta de fiscalização do trabalho infantil, trabalho análogo, enfim, “a destruição do Ministério do Trabalho em si”. Na obra há, ainda, informações da história do trabalhismo brasileiro, além de trechos autobiográficos.
O prefácio fica por conta do vice-presidente nacional do PDT, o ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes. O texto de orelha é do jornalista Léo Lupi, filho de Carlos.