Candidato

Em meio a protestos de professores, Iris Rezende lança candidatura

Em auditório pequeno, mas cheio, o PMDB ungiu no início da noite desta quarta-feira (11/06),…

Em auditório pequeno, mas cheio, o PMDB ungiu no início da noite desta quarta-feira (11/06), na Assembleia Legislativa, o ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende (PMDB) para disputar mais uma vez as eleições do governo de Goiás.

Esta será a quinta disputa na carreira do líder do partido.

Ao lado de Iris, Valdir Raupp (presidente do PMDB), Michel Temer (vice-presidente) e Maguito Vilela completaram o grupo de peso que endossou o veterano a concorrer mais uma vez.

O pré-candidato Vanderlan Cardoso (PSB) não compareceu no evento. Antônio Gomide (PT), potencial aliado, também evitou o encontro do PMDB. Diminuíram assim as chances da oposição ver uma chapa com um dos dois como vice de Iris.

Durante o lançamento da pré-candidatura, muitos filiados do PMDB e o grupo de assessores que costuma apoiar as disputas de Iris, que evitou falar com a imprensa.

Dos mais jovens, Samuel Belchior (PMDB), presidente do partido, e o vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano.

O grupo que apoia Friboi evitou também a festa peemedebista. Maguito Vilela, que fez jogo duplo, estava ao lado do pré-candidato.

Para arranhar um pouco a festa, os professores do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), que estão acampados na Câmara Municipal, invadiram o campo peemedebista e gritaram em uníssono: “Iris, a culpa é também sua!”.

O bordão era uma adaptação do “Educação na rua, Paulo Garcia a culpa é sua”.

Os professores consideram que Iris Rezende teria repassado a administração de Goiânia falida para o companheiro Paulo Garcia – cria política de Iris, visto que era o vice do peemedebista em sua segunda gestão.

Os professores alegam que Iris teria deixado parte da dívida de R$ 300 milhões para Paulo Garcia, que agora é obrigado a controlar sozinho a inadimplência, além dos escorchantes supersalários da Comurg.

Em que pese o desagravo dos professores, os peemedebistas ignoraram solenemente o discurso de protesto e empunhavam cartazes e faixas com o nome de Iris.

Emocionado, Iris levantou caracteristicamente os dois braços para o alto e abanou várias vezes para a plateia.

Depois disse: “Enquanto eu viver eu vou lutar para o meu Estado”.

Temer disse que Iris é “símbolo do PMDB” e outros entusiastas, como Bruno Peixoto (deputado estadual) e Barbosa Neto (sem mandato), aplaudiram com veemência cada pronunciamento.

Os filiados chamados por Iris carregavam coraçõezinhos com a foto de Iris e a afirmação: “Amor por Goiás”.

Uma das ausências questionadas foi a de dona Iris de Araújo, deputada federal e principal articuladora do movimento em defesa da candidatura de Iris em detrimento do empresário Júnior Friboi.

Da mesma forma, o imenso grupo de defensores de Friboi, que não fez questão de participar do evento.

As ausências devem pautar os próximos capítulos do PMDB.