MACHISMO

Em protesto contra Clécio, vereadoras boicotam sessão da Câmara de Goiânia

Vereadoras exigem que Clécio Alves se retrate com Tatiana Lemos

Em protesto contra o comportamento do vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Clécio Alves (MDB), as vereadores da Capital recusaram-se a participar da sessão ordinária desta quarta-feira (12). Elas acusam-no de agir de forma machista e truculenta com a vereadora Tatiana Lemos (PCdoB), impedida de discursar em defesa de um projeto de sua autoria sobre prevenção à trombofilia.

Na ocasião em que o projeto entrou na pauta, Tatiana – com a saúde debilitada – participava da sessão por videoconferência. Problemas técnicos impediram-na de se manifestar no momento em que Clécio, que presidia a votação, perguntou se algum de seus colegas gostaria de se pronunciar. Clécio, então, avançou na apreciação da matéria e foi aí que Tatiana pediu a palavra. Alheio às circunstâncias técnicas que atrapalharam-na, o vereador do MDB não permitiu-lhe falar.

“Corta a palavra da vereadora. É para cortar a palavra da vereadora. Agora”, ordenou Clécio a servidores da Câmara.

Dra. Cristina (PL), Priscila Tejota (PSD), Sabrina Garcez (PSD), Tatiana Lemos (PCdoB) e Léia Klebia (PSC) disseram que não vão participar de sessões na Câmara até que Clécio se retrate.

“Na sessão de hoje, o vereador Clécio voltou a presidir a sessão. Quando percebemos isso, as vereadoras deixaram o plenário porque ele ainda não se retratou com a Tatiana. Solicitamos que os vereadores homens também deixassem o plenário, mas poucos atenderam”, afirmou Sabrina Garcez.

Dos 35 vereadores de Goiânia, apenas cinco são mulheres, ou seja: 14%. A sessão foi encerrada por falta de quórum e sem manifestação do vice-presidente.