Em SC, Bolsonaro volta a defender uso da hidroxicloroquina contra Covid-19
Presidente disse também que o medicamento é a "única prevenção no momento" e que o atual governo 'respeita a Constituição acima de tudo'
Em viagem a Santa Catarina na manhã deste sábado, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do remédio. O mandatário também se colocou à disposição dos gestores locais para combater os efeitos do “ciclone bomba”, que causou ao menos 10 mortes na região Sul. As falas foram dadas ao Grupo ND.
— Estamos tendo notícias também de que cada vez mais, não só no Brasil, mas no mundo, o tratamento precoce via hidroxicloroquina tem surtido efeito, então nós apelamos àqueles que ainda resistem — disse, em referência ao protocolo do Ministério da Saúde que recomenda que médicos possam prescrever medicamentos à base de cloroquina para pacientes em estágios iniciais da doença.
De acordo com Bolsonaro, a droga é a “única prevenção no momento”, enquanto a vacina não está disponível.
— Realmente, entendo que a única prevenção no momento, o único tratamento é a hidroxicloroquina, enquanto não chega a vacina que o Brasil, muito bem, se aliou agora à Inglaterra e a outros países, com 100 milhões de dólares, na busca dessa vacina — afirmou.
Acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, Bolsonaro comentou que o governo federal está à disposição do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), e dos prefeitos da região.
— Realmente é uma imagem triste, somos solidários, também, aos familiares que perderam seus parentes — disse, após sobrevoar áreas afetadas pelo fenômeno meteorológico.
Durante a entrevista, o presidente disse ainda que o atual governo “respeita a Constituição acima de tudo” e que ninguém pode dizer o contrário.
— É um governo que respeita a Constituição acima de tudo, e ninguém pode falar uma só palavra que, porventura, venha a dizer que estão fazendo o contrário. Respeitamos a liberdade de expressão, que é uma dos pilares da democracia, respeitamos os poderes. Agora, temos dificuldades, sim, que o governo passou a trabalhar de forma diferente de anteriores — afirmou.