Em votação relâmpago, vereadores de Aparecida aumentam próprio salário em 53%
Da leitura do texto à sua aprovação quase unânime na Câmara de Aparecida de Goiânia, foram quase 3 minutos e 57 segundos
Os vereadores de Aparecida de Goiânia aprovaram, na manhã desta terça-feira (19), durante sessão ordinária, um projeto de lei que reajusta seus próprios salários. Com ampla maioria, o texto estabelece um aumento de aproximadamente 53%, elevando o valor atual de cerca de R$ 18 mil para R$ 27.647 mensais. O reajuste passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2025.
A votação ocorreu de forma rápida e sem alarde. No total, toda a sessão não durou mais que trinta minutos. Os vereadores demoraram menos de quatro minutos. Da leitura do texto a sua aprovação quase unânime foram 3 minutos e 57 segundos. Entre os 25 parlamentares, apenas Gleison Flávio (PL) e Sandro Oliveira (MDB) votaram contra a medida.
A princípio, eles chegaram a se posicionar favoravelmente, mas pediram para que o presidente da Casa, André Fortaleza (PL) verificasse seus votos. “Será que eles vão devolver a diferença?”, provoca o mandatário ao Mais Goiás sobre a decisão dos colegas.
Fortaleza também minimiza a rapidez da votação. “Aconteceu o mesmo que acontece com todos os projetos. O reajuste passou por muito debate interno entre os vereadores e todos foram unânimes. Os que votaram contra, inclusive, chegaram a confundir e deram aval para que ele fosse aprovado. Depois pediram retificação. Convido eles a devolver a diferença. Será que vão devolver?”, indagou Fortaleza.
Ele também justificou o aumento explicando que há mais de 10 anos sem reajuste. “Desde 2013 não havia um aumento. Em Aparecida não há verba indenizatória nem ajuda de custo. Os vereadores tiram do próprio bolso seus deslocamentos”, destacou.
A decisão acontece em um contexto de renovação significativa na Câmara Municipal. Dos atuais 25 vereadores, apenas sete foram reeleitos para a próxima legislatura. Os parlamentares que continuarão no cargo são: Gilsão Meu Povo (MDB), André Fortaleza (PL), Isaac Martins (UB), Gleison Flávio (PL), Camila Rosa (UB), Edinho Carvalho (MDB) e Roberto Chaveiro (PP).