Empresários vão à Câmara pedir manutenção do nome da avenida Castelo Branco
CCJ aprovou ontem relatório pela derrubada do veto prefeito Rogério Cruz a projeto que muda o nome da via para Avenida Iris Rezende Machado
Empresários mobilizados pelo Sindicato do Comércio Varejista do Estado de Goiás (Sindilojas) foram para a Câmara Municipal na manhã desta quinta-feira (17) para cobrar de vereadores que mantenham o nome da Avenida Castelo Branco. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou ontem relatório pela derrubada do veto prefeito Rogério Cruz (Republicanos) a projeto que muda o nome da via para Avenida Iris Rezende Machado.
Diante dos protestos, a maioria dos vereadores não compareceu ao plenário e o vereador Clécio Alves (MDB) que comandava a sessão desta quinta encerrou o expediente e convocou nova ordinária para a próxima terça-feira (22).
O Fórum de Entidades Empresariais (FEE) divulgou nota de repúdio contra a mudança de nome. A Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) já havia se manifestado contrária à mudança. O argumento das entidades é que a alteração poderia gerar transtornos e prejuízos aos comerciantes e moradores, além de “interferir na identidade de regiões históricas da cidade”.
Confusão na CCJ
A sessão da CCJ que aprovou relatório pela derrubada do veto do prefeito teve confusão entre os vereadores Clécio Alves, autor da proposta de mudança do nome da Avenida Castelo Branco, e Pedro Azulão Jr (PSB), único voto contrário na Comissão.
Na ocasião, Azulão, Iris teve teve suas contas reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Já Clécio colocou a situação na responsabilidade do ex-prefeito Paulo Garcia (PT), que faleceu em 2017. “Não teve nada a ver com o Iris não, faça-me o favor, não aceito mentiras”, disse o emedebista.
Azulão respondeu: “Eu estou te perguntando, você me respeite. É malandro sim o Iris, pronto, o que você vai fazer? Tá achando que sou funcionário seu para você ficar gritando? Me respeite.”
Depois da sessão, Pedro Azulão Jr. disse à agência de notícias da Câmara que a mudança geraria transtorno na avenida. “Os comerciantes serão muito penalizados por uma troca para homenagear Iris, que já é reconhecido em Goiânia.”