Entre Nexus e Uber, uma cidade
Cidades
Não precisaria que a justiça agisse para decretar a suspensão das obras do Nexus. Como essa mesma justiça não deveria ser acionada para definir o uso do Uber pelos cidadãos de Goiânia. O maior problema é de responsabilidade. De um poder que acredita estar com a missão de decidir tudo sobre a vida dos cidadãos.
A prefeitura anuncia que vai cobrar pela coleta dos grandes geradores de lixo. Em princípio, é justo. Cobrar o IPTU por que aumentou a área construída, também parece justo. Mas de quem é o poder para determinar isso?
Em um momento em que se discute o futuro da cidade, parece que é hora de redesenhar a forma de decidir as coisas. Talvez a solução seria mirar nas cidades americanas, onde existem e funcionam conselhos comunitários. São representantes do povo (não vereadores) que sentam e discutem, em horário onde todos podem participar, as grandes decisões para o município.
Talvez assim a população seja mais envolvida. Em princípio, o Nexus está errado. Ou em local errado. Não há garantia no fornecimento de água e energia e há a certeza de um novo caos no trânsito. Quem discutiu isso?
Da mesma forma, o Uber tem representado melhoria na qualidade do serviço de transporte de passageiros em Goiânia. Mas precisa ser regulamentado e recolher impostos sim. Simplesmente negar, também não dá.
É hora de melhorar o sistema de representação na nossa cidade.