“Essa eleição de 2020 não pode nos dividir”, diz Caiado a Tejota
Caiado participou de evento que marcou chegada de Tejota ao Cidadania
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), e o vice Lincoln Tejota (Cidadania) estão juntos na administração estadual, mas não deverão estar no mesmo palanque nas eleições de outubro, em Goiânia. Caiado já se manifestou publicamente pela reeleição do prefeito Iris Rezende (MDB), enquanto Tejota deve apoiar o pré-candidato do Cidadania, deputado estadual, Virmondes Cruvinel. Caiado declarou que a eleição de 2020 não irá dividi-los.
Em discurso durante evento realizado neste sábado (29), que marcou a chegada de Tejota ao partido Cidadania, o governador disse que os partidos da base governista terão vários candidatos em Goiânia e no interior do estado, mas que isso não pode dividir os membros dos partidos, pois têm objetivos comuns.
“Teremos vários partidos que estarão disputando as eleições. Nós vamos entender bem. Essa eleição de 2020 não pode nos dividir, tenhamos tantos candidatos a prefeitos, mas que tenhamos um ponto de concórdia que é recuperar a dignidade e o estado de Goiás, melhorando a vida de 7 milhões de goianos”, argumentou.
Em entrevista ao Mais Goiás, o governador declarou que não pode impor condição a aliados e partidos políticos. Ele explicou que cada partido tem a sua posição, e que ele não pode engessar ações partidárias. O governador disse que não haverá divergências durante o processo eleitoral.
“Eu respeito todos os partidos que não vão colocar seus pré-candidatos não só em Goiânia, mas nos 246 municípios. Não se pode cobrar engessamento partidário. Cada um tem a sua posição, isso não quer dizer uma divergência minha com o presidente do Cidadania, com o presidente do PTB, do PSC, isso são coisas que precisamos entender que não cabem a um governador a querer tutelar, querer engessar as ações partidárias e o resultados das urnas respeitarei e tratarei todos os prefeitos com a dignidade que merecem”, declarou Caiado.
O vice-governador Lincoln Tejota disse à reportagem do Mais Goiás que a questão está pacificada com Ronaldo Caiado. Ele relatou que é natural que os partidos da base do governo tenham vários candidatos.
“Isso não é dificuldade na medida em que vários partidos estão postulando candidaturas e postulando nomes novos, Goiânia é uma cidade que tem primeiro turno e é importante que o processo democrático que a gente tenha mais nomes, o governador reconhece isso, acredito que o DEM não deva lançar nomes, mas poderia estar lançando, da mesma forma de outros partidos da base. Isso é algo discutido, pacificado, é natural”, relatou Tejota.
O deputado estadual Virmondes Cruvinel, pré-candidato em Goiânia, disse que o momento é de diálogo, e que isso pode resultar numa unidade no segundo turno. “Claro, nosso tratamento é o diálogo e vamos trabalhar na unidade do segundo turno dentro daqueles grupos que a gente tem identidade”, se manifestou o parlamentar.
Outro pré-candidato da base governista, o secretário de Indústria e Comércio, Wilder Morais, argumentou na mesma linha dos demais, ou seja, que os partidos tenham vários candidatos, mas que no período de conversação, há uma tendência para convergência dentro do grupo político liderado por Caiado.
“É um processo natural da pré-campanha, todos os partidos precisam ter candidato hoje. A cláusula de barreira de 2022, faz com que os partidos precisam crescer é natural que isso aconteça, agora lá na frente com certeza, vai afunilando devem ficar aí dois, três candidatos da base”, relatou.