Polêmica

‘Está nas mãos de Deus’, diz Jefferson sobre indicação de Cristiane

Com a revelação de mais denúncias contra a sua filha Cristiane Brasil, o presidente nacional…

Com a revelação de mais denúncias contra a sua filha Cristiane Brasil, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse que a indicação dela para o Ministério do Trabalho “está nas mãos de Deus”.

“Não falo mais sobre o assunto”, disse à reportagem quando perguntado se manteria a decisão de indicar a deputada federal.

No sábado (3), no entanto, ele defendia abertamente a nomeação da filha e ressaltava que ela não sairia do episódio como “bandida”. A mudança de postura também ocorreu no Palácio do Planalto.

O aumento do desgaste sofrido pela parlamentar fez com que auxiliares presidenciais passem a avaliar, em conversas reservadas, a possibilidade de nomeação de outro nome do PTB.

Para eles, o tema, que antes era discutido apenas na esfera trabalhista, ganhou maior gravidade com a revelação de que a parlamentar é investigada por suspeita de associação ao tráfico de drogas durante a campanha eleitoral de 2010.

Substituição

A aposta do entorno do presidente é de que o próprio Roberto Jefferson desista da indicação para evitar que a filha seja alvo de novas acusações, que poderão afetar a sua reeleição ao cargo. O principal nome discutido na bancada do partido, caso a deputada federal desista do cargo, é o de Alex Canziani (PR).

Apesar da mudança de percepção na equipe presidencial, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, saiu em defesa da parlamentar nesta segunda-feira (5). Segundo ele, o governo federal continuará a insistir na nomeação dela junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) e não solicitará ao PTB que faça outra indicação. Na opinião dele, “não existe nada que efetivamente denigra o nome da parlamentar”. “Há momentos em que um governo deve se dispor a fazer aquilo que não é mais fácil, mas o que é necessário”, disse.

Cristiane foi condenada por dívidas trabalhistas, e a Justiça Federal em Niterói (RJ) suspendeu sua posse sob o argumento de que ela não atende ao requisito de moralidade administrativa para o cargo.