Estado reduz pauta do ICMS para GLP, Gasolina e Etanol
Medida vigora a partir desta sexta (1°/6) e consiste na redução da média de preços cobrados pelo mercado em relação aos referidos combustíveis, sobre a qual incidem as alíquotas do tributo
Goiás terá redução na pauta do ICMS para Gasolina, Etanol e Gás de Cozinha (GLP). A determinação partiu do governador José Eliton (PSDB) que se reuniu com a equipe econômica nesta quinta-feira (31). A possibilidade de adoção de medidas de redução havia sido ventilada pelo Mais Goiás na terça-feira (29), quando o titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Manoel Xavier, estava prestes a participar de encontro nacional de secretários da pasta em Brasília, onde o assunto seria discutido.
Com a mudança, as médias de preço dos combustíveis consideradas pelo Estado para a próxima quinzena – sobre as quais incidirão as alíquotas do ICMS – serão reduzidas, de modo que a da gasolina passará de R$ 4,505 para R$ 4, 311; a do Etanol sairá de R$ 2,694 para R$ 2,683; e, no caso do GLP, deixará o patamar de R$ 6,554 para R$ 6,477. A atualização será colocada em prática nesta sexta-feira (1°/6) e terá validade em todo o Estado.
“São valores médios inferiores aos cobrados do consumidor na primeira quinzena de maio, portanto, também anteriores aos últimos reajustes realizados pela Petrobras e à greve dos caminhoneiros”, frisa José Eliton.
A pauta do ICMS é definida a cada 15 dias pela Secretaria da fazenda e, baseada em uma pesquisa de mercado para obtenção de uma média de valores praticados pelo mercado, determina a cobrança do imposto estadual sobre a venda varejista de combustíveis. A alta registrada nesta segunda quinzena de maio foi ocasionada, entre outros fatores, pela diminuição do estoque e consequente aumento de preços provocados pela paralisação dos caminhoneiros.
“Teremos um impacto, de ordem global, de 30% na arrecadação por conta da queda da atividade econômica no Estado no período em que vigorou a greve dos caminhoneiros. Mas, mantendo a responsabilidade fiscal das contas públicas, vamos manter os valores de antes da greve por entendermos que a população e os consumidores goianos não podem ser penalizados”, disse o governador.
Segundo Xavier, a expectativa é reduzir o impacto dos preços sobre o consumidor final. No entanto, ele lembra que outros fatores podem culminar em novos aumentos nas bombas. Para ele, com a política de regulação de preços da Petrobrás, os valores estão sendo determinados pelo mercado. O Valor de venda, por isso, tem sido afetado pelos constantes reajustes divulgados pela Petrobras.
“Nossa expectativa é colaborar para que o consumidor final não seja afetado. Caso ocorra qualquer reajuste, ele não será de responsabilidade dos tributos estaduais, pois estamos fazendo tudo que é possível dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal”, ressalta.
Confira, abaixo, tabela com alíquotas do ICMS cobradas pelo estado. Somado ao percentual tributário está a alíquota de 2% que destina recursos ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege Goiás), que foi instituído em 2003 com a finalidade de combater a fome e erradicar a pobreza no Estado:
Combustível | Alíquota ICMS |
Gás de cozinha (GLP) | 12% |
Etanol | 12% (10% + 2% para o Protege) |
Diesel | 16% (14% +2% para o Protege) |
Gasolina | 30% (28% + 2% para o Protege) |
Fonte: Estado de Goiás/Sefaz