Estado tenta diálogo com STF para evitar demissões no funcionalismo estadual
Na tentativa de evitar possível demissão em massa no funcionalismo público de Goiás, representantes dos…
Na tentativa de evitar possível demissão em massa no funcionalismo público de Goiás, representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário iniciaram diálogo com o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre limites com gastos com pessoal. Para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Estado pediu novos prazos para se adequar às determinações da legislação. Redução de carga horária e salários pode ser alternativa.
No último dia 11 de setembro, o STF suspendeu, em medida cautelar, as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) 54 e 55, que tratam do teto de gastos de órgãos locais até dezembro de 2026. Medida, que vale até que a Corte examine o mérito da ação, causaria demissões em massa e prejudicaria o funcionalismo público, conforme representantes estaduais.
A partir da suspensão das PECs, o Estado precisa incluir, dentro de oito meses, pensionistas e imposto de renda no cálculo de gastos com pessoal. Com a mudança, o gasto atual ultrapassaria o limite previsto na LRF. A medida mais drástica, segundo o governador Ronaldo Caiado (DEM), seria o corte de servidores em massa, hipótese que o democrata diz que pretende descartar.
Para o chefe do executivo, o tempo estabelecido para a adequação é curto diante dos impactos que os cortes causariam. Assim, a tese de modulação de servidores defendida pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi defendida por Caiado.
“É diminuir o tempo de trabalho e poder ter uma diminuição no valor do salário, para não ter que fazer uma diminuição em massa (do quadro de servidores)”, disse o governador.
Caos para Goiás
Para o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Lissauer Vieira (PSB), a possível demissão é o caminho final e seria o caos para Goiás. “Por isso é importante o diálogo e a conversa. A diminuição da carga horária dos servidores e redução do salário é a medida mais eficaz para evitar esse caos”, disse.
Lissauer afirmou que a dificuldade fiscal não é uma realidade que prejudica somente Goiás. Por isso, segundo ele, é preciso que o STF tenha um olhar atento a todo o País. “O ministro já está sabendo das dificuldades, tendo em vista que esse não é um problema de Goiás, outras unidades da Federação têm o mesmo problema. Então precisamos dialogar nos enquadramos. Todos nós queremos cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, desde que tenhamos prazo e alternativas para poder cumprir”, salientou.