“Saio muito satisfeito com a redução alcançada em oito meses, e serei eternamente grato pelo aprendizado que tive com estes valorosos homens e mulheres que integram as forças policiais de Goiás.” Com estas palavras o vice-governador de Goiás, José Eliton, iniciou a entrevista coletiva onde explicou porque está deixando a titularidade da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP). A partir de agora, atendendo solicitação do governador Marconi Perilo, ele irá cuidar exclusivamente da relação do governo de Goiás com prefeitos e parlamentares.
Secretário da Segurança Pública desde 25 de fevereiro passado, José Eliton disse que deixa como grande legado a criação do Pacto Integrador da Segurança Pública, que uniu representantes de mais de uma dezena de estados e formulou uma agenda nacional para o amplo debate das questões estruturais da segurança e do sistema penitenciário no Brasil. “Conseguimos resultados amplamente satisfatórios em crimes que muito incomodam a sociedade, como os homicídios, por exemplo, que no mês passado recuou 48,72% em Goiânia em relação ao mesmo período de 2015”, pontuou.
José Eliton disse que sua nova função agora será a de receber prefeitos, vices, deputados, senadores e vereadores para garantir e distribuir recursos e impactar o desenvolvimento de Goiás. “O governador Marconi me incumbiu da missão de fazer com que os recursos obtidos com a venda da Celg Distribuidora esta semana não sejam pulverizados assim como aconteceu com o dinheiro de Cachoeira Dourada. É um projeto que pretende melhorar o Estado de Goiás em várias áreas não apenas hoje, mas também, e principalmente para as futuras gerações”, concluiu.
Interinamente, assumirá a SSPAP o coronel da PM Edson Costa, que até então ocupava a Superintendência Executiva da Pasta. O novo secretário, ainda segundo José Eliton, deve ser escolhido até o final do mês pelo governador Marconi Perilo. Até que o novo secretário seja escolhido, não haverá troca de comando nas polícias e bombeiros de Goiás.
Sem entrar em detalhes, o vice-governador disse ainda que o atentado que sofreu no final de outubro em Itumbiara, quando foi baleado na barriga durante uma carreata política, também pesou na decisão dele em aceitar o pedido para deixar a secretaria. “Mas se pudesse, eu faria tudo de novo. Não me arrependo de nada”, finalizou.