“Eu não sou ‘Fora, Temer’ nem ‘Fora, Marconi’ para ganhar voto”, diz candidato do PSOL
Flávio Sofiati afirma que não pode negar a sua história só porque está em uma disputa eleitoral e que se manterá firme em seus ideais
Ao ser questionado pela jornalista do Mais Goiás durante a sabatina realizada pelo portal em conjunto com a Rádio 820 AM se o posicionamento contrário a todos os governos – municipal, estadual e federal – faria com que ele ganhasse a simpatia do eleitor descrente com a classe política, principalmente os jovens, o candidato do PSOL Flávio Sofiati afirma que não é uma eleição que o fará mudar de posicionamento. “Eu não sou ‘Fora, (Michel) Temer (PMDB)’ nem ‘Fora, Marconi (Perillo-PSDB)’ para ganhar voto”, respondeu.
Segundo Sofiati, a história de luta que ele construiu contra “essa prática política” o faz manter essa posição, seja em um período eleitoral ou não. “Aliás, o PSOL, de forma corajosa, entrou com uma representação contra o governador porque nós avaliamos que ele tem culpa pelo escândalo da Saneago, porque as pessoas que foram presas são do partido dele e foram cargos de confiança indicados por ele. Então de forma corajosa o PSOL entrou com uma representação pedindo o impeachment do Marconi.”
Ele afirma que a sua candidatura é colocada a serviço “dessa luta” contra Michel Temer como presidente da República. “Nós hoje temos que ocupar todos os espaços para combater esse governo que é ilegítimo, imoral e eu diria inconstitucionalmente indicado. Aliás, é a terceira vez na história do Brasil que o PMDB emplaca um presidente sem voto”, critica.
Sofiati se posiciona durante a sabatina como um “candidato anti-Iris” Rezende (PMDB). “Eu quero colaborar para banir o PMDB de Goiânia. Não dá mais para a gente ter uma cidade controlada por coronéis”, declara.
Em resposta sobre o questionamento de que o PSOL teria abandonado o movimento “Fora, Dilma (Rousseff-PT)”, o candidato diz que o partido sempre foi oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seus dois mandatos (2003-2010), nos dois de Dilma (2011-2016) e nunca impôs o “Fora, Dilma”. “Nós sempre estivemos do lado certo, que é o lado das pessoas. E por estarmos do lado das pessoas, nós estivemos do lado da democracia. E foi por isso que nós votamos contra o impeachment”, explica.
Impeachment
Ainda sobre o afastamento da presidenta, o candidato do PSOL frisa: “Eu não concordo com esse governo Marconi, não concordo com o governo Paulo Garcia, não concordava com o governo Dilma, mas para tirar um governo eleito democraticamente tem que ter algo muito sério.”
Questionado se o conjunto da obra não justifica a retirada de Dilma do poder, Sofiati retruca: “Então a gente tem que começar com o PSDB e o PMDB. PT também. Mas PSDB e PMDB são os partidos mais corruptos desse País. Então se é para botar para fora a corrupção, nós vamos ter que impitimar também quase a maioria dos governadores, inclusive o nosso aqui. Se é para colocar lei de fato, a gente tem que fazer para todo mundo”.