Eurípedes Macedo Júnior não é mais presidente nacional do Pros
Partido divulgou nota nas redes sociais informando a destituição do político por uso indevido de recursos de fundos partidário e eleitoral; Marcus Vinícius Chaves de Holanda assume
Por meio de nota, a executiva nacional do Pros informou ter decidido destituir seu presidente, o goiano Eurípedes Macedo Júnior, por uso indevido de recursos de fundos da legenda. A medida foi tomada em uma reunião do diretório nacional da sigla, no sábado (11), na sede do partido em Brasília.
“Por unanimidade, os membros do Diretório Nacional aprovaram as medidas disciplinares previstas no Estatuto, diante das graves denúncias de irregularidades praticadas pelo ex-presidente, Eurípedes Júnior, que foi acusado reiteradas vezes, de desvio dos recursos do Fundo Partidário, Fundo Eleitoral e lavagem de dinheiro”, informa a nota publicada no Facebook.
Ainda segundo o texto publicado nas redes sociais do partido, as denúncias foram comprovadas por um inquérito da Polícia Civil de Goiás que foi remetido à Justiça Federal. Isso, conforme escrito, tornou a situação de Eurípedes insustentável.
“Desde 2015, quando Eurípedes Júnior adquiriu um helicóptero no valor de R$ 2,4 milhões para uso pessoal e com recursos do Fundo Partidário, os membros do Diretório Nacional e a maioria dos filiados passaram por um grande constrangimento público, tendo como consequência considerável número de desfiliações. Inúmeros foram os apelos, na época, para que o então presidente declinasse da compra ou do uso da aeronave, sem êxito”, lembrou a Executiva, que acusou Eurípedes, ainda, de “administração ditatorial (…), guiada por interesses pessoais”.
Marcus Vinícius Chaves de Holanda, membro do Diretório Nacional, assumiu o posto. Ele fica no cargo até a próxima convenção.
O Mais Goiás tenta contato com o ex-presidente do Pros.
Caso recente
Outro problema atingiu em cheio o ex-presidente do Pros, Eurípedes Júnior, nos últimos dias. O político é suspeito de agredir a filha com tapas e pontapés em Planaltina.
A jovem, de 19 anos, registrou boletim de ocorrência contra o pai na última quarta-feira (8), logo após os atos de violência supostamente ocorridos na sede da sigla, no mencionado município. Em nota, a defesa do político contestou a denúncia e disse ser “lamentável que um pai ao buscar corrigir a filha, tenha um conflito familiar exposto na imprensa”.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina. Aos agentes, a jovem disse que foi chamada pelo pai para comparecer até o escritório dele. No local, segundo a mulher, Eurípedes teria dito que precisava do carro da filha e que pagaria R$ 15 mil pelo veículo. A proposta, no entanto, foi negada e a vítima decidiu ir embora para evitar brigas, conforme relata.
Neste momento, segundo consta no boletim de ocorrência, as agressões tiveram início. A jovem conta que o pai foi atrás dela, tomou a chave do carro e desferiu tapas e pontapés.
Para tentar cessar as agressões, a vítima relata que tentou entrar no veículo. Contudo, segundo o relato, o político a puxou do carro e a jogou no chão. Em seguida, ainda segundo a ocorrência, o homem saiu com o automóvel e jogou o celular e o carregador da filha pela janela.
À época, a defesa de Eurípedes Júnior disse, em nota, que o caso é um incidente familiar e que não houve situação de flagrante, e ele “tampouco encontra-se foragido”. No texto, os advogados afirmam que, desde que o político se separou da mãe da jovem, a relação entre pai e filha ficou abalada.