ELEIÇÕES

‘Faço parte de outra ala’, diz Simone Tebet sobre corrupção no MDB

Presidenciável disse não estar preocupada com militares ocupando cargos civis no governo Bolsonaro

Datafolha: Simone Tebet marca 1% após ser lançada por MDB e PSDB (Foto: Reprodução)

A senadora Simone Tebet, pré-candidata do MDB à Presidência da República, marcou distância do que chamou de “ala” do seu partido ligada a escândalos de corrupção, durante entrevista dada nesta segunda-feira ao grupo Globo.

Tebet atribuía aos governos do PT a ascensão de Jair Bolsonaro e os problemas atuais do país quando foi lembrada pela jornalista Renata Lo Prete que seu partido fez parte das gestões petistas e da corrupção tornada pública nos últimos anos.

A senadora foi defrontada com os casos do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ex-ministro de Michel Temer, Geddel Vieira Lima, ambos presos por corrupção e tornados símbolos dos desvios de dinheiro público na era Lava-Jato.

— Eu faço parte de uma outra ala do MDB, e denuncio os malfeitos do MDB. Minha escola é outra: a de Ulysses Guimarães, a de Pedro Simon — afirmou.

Em meio a críticas ao governo Bolsonaro, Tebet, no entanto, disse não estar preocupada com a quantidade de militares ocupando cargos civis na gestão federal. Ela afirmou, por outro lado, ver problemas em membros das Forças Armadas ocupando cargos no alto escalão do governo sem passarem à reserva.

A senadora também revelou ter votado contrariamente à recondução do procurador-geral da República, Augusto Aras, à frente do órgão. Aliado de Bolsonaro, ele foi aprovado para o segundo mandato na PGR em agosto de 2021 por 55 votos a favor e dez contrários no Senado. A votação é secreta.