POSIÇÕES

Falta de energia em Goiás: o que propõem Caiado e Mendanha

Governador quer concessionária fora do Estado e outra que invista; ex-prefeito de Aparecida pretende investir para sanar o problema

Governadoriáveis: só os registros de Caiado e Mendanha aguardam julgamento (Fotos: Divulgação)

Um dos assuntos que mais serão discutidos na eleição para governador de Goiás em 2022 é a deficiência no abastecimento de energia elétrica – em especial, nos municípios do interior. Tanto o governador Ronaldo Caiado (UB), quanto os candidatos de oposição concordam que o serviço prestado pela concessionária italiana Enel está aquém das demandas dos goianos. O próprio governador disse, reiteradas vezes, que o programa de construção de casas populares de sua gestão esbarrou, com frequência, na dificuldade em conseguir que os imóveis tivessem ligação de energia.

Os adversários de Caiado afirmam que o atual governo não conseguiu desenvolver uma política agressiva de atração de investimentos, e que a prova disso é o fato de que poucas grandes indústrias se instalaram em Goiás nos últimos anos (Como foi a Caoa, no governo Marconi Perillo, ou a Perdigão, na gestão de Maguito Vilela). Em resposta, o atual governador afirma que a precariedade no serviço prestado pela Enel é o que impede a economia do Estado de dar saltos maiores.

O Mais Goiás traçou um paralelo sobre o que dizem Caiado e Mendanha sobre a crise energética e o que é possível fazer para resolvê-la. Confira.

Gustavo Mendanha

Mendanha afirma que, se eleito, irá construir 800 quilômetros de linhas de transmissão de energia elétrica, 12 novas subestações e reformar outras 20. Segundo cálculos da equipe técnica do candidato, o custo será de cerca de R$ 2 bilhões. Os valores seriam aplicados através de parceria com o setor produtivo e a concessionária, com objetivo de solucionar os problemas com distribuição de energia no estado.

Segundo ele, o governo estadual possui R$ 8 bi e caixa. Para ele, o problema da má distribuição de energia elétrica é ocasionado pela falta de infraestrutura adequada, uma vez que a demanda cresceu, mas os equipamentos não seguiram juntos.

Ronaldo Caiado

O governador Ronaldo Caiado, por sua vez, já declarou que energia elétrica é o que atrapalha o crescimento de Goiás. Diferente de Mendanha, ele não quer investir na atual concessionária, mas espera ter outra empresa para substituí-la ainda neste ano. E a exigência é a próxima ter capital de investimento.

Mandatário de Goiás, Caiado disse em outras ocasiões que a empresa não cumpriu o compromisso de melhorar o serviço de fornecimento de energia elétrica e, por isso, quer a empresa “fora de Goiás”.

“É por culpa da negligência que a economia goiana não cresceu ainda mais nos últimos anos. O setor produtivo tem sido penalizado pela falta de investimentos da empresa. Não vamos admitir que saia de Goiás de fininho, sem sofrer as consequências pela falta de compromisso com nossa gente”, afirmou.