Fecomércio Goiás fará consulta sobre assinatura de carta em favor da democracia
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio) publicou…
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio) publicou nota em que nega decisão de assinar manifesto em defesa da democracia. A publicação ocorreu logo após veiculação de reportagem que mostrava que a entidade era a única patronal goiana a se manifestar em prol da carta organizada por nomes da Faculdade de Direito da USP, que angariou 165 mil assinaturas.
A nota da Fecomércio desautoriza a reportagem veiculada pelo jornal O Popular e diz não há decisão sobre a assinatura do manifesto em defesa da democracia. Segundo a entidade, o erro seria da assessoria de comunicação em razão da dificuldade de comunicação com o presidente Marcelo Baiocchi, que se encontra de férias. O próprio presidente publicou a nota em suas redes sociais.
“A Fecomércio somente decidirá se assina ou não o manifesto depois de consultar o presidente da Confederação Nacional do Comércio, José Roberto Tadros, e de uma ampla discussão com sua base de 33 sindicatos”, conclui a nota da entidade.
A carta
A carta em defesa do Estado Democrático de Direito foi elaborada em meio a um aumento da tensão política no país. Embora não cite diretamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), o texto é resposta à ofensiva do Palácio do Planalto, com apoio do ministro da Defesa, contra o sistema eleitoral brasileiro.
A leitura está marcada para 11 de agosto na sede da Faculdade de Direito da USP e contém o slogan “Estado Democrático de Direito Sempre”.
Assinam a carta banqueiros e empresários influentes, além de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal, artistas, intelectuais e personalidades. O manifesto foi inspirado na Carta aos Brasileiros de 1977, em que o jurista Gofferdo da Silva Telles repudiava ações da ditadura militar no país.