COLUNA DO DOMINGOS KETELBEY

Federação liderada pelo PT não cita Fred, nem Mabel mas diz que anular voto representa “omissão política”

Federação ficou fora do segundo turno

A Federação Brasil da Esperança, que reúne partidos como o PT, PCdoB e PV, lançou uma nota pública nesta sexta-feira (18) em que, embora não mencione diretamente os candidatos do segundo turno das eleições para a Prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) e Fred Rodrigues (PL), faz uma forte defesa da participação política condenando a anulação do voto. O documento, assinado por líderes locais da federação, destaca que o voto nulo, branco ou a abstenção configuram uma “omissão política injustificável”.

Na nota, a federação evita citar os nomes dos dois concorrentes, mas alude ao contexto da disputa, afirmando que os progressistas “não votarão em candidato que coloca em risco a democracia, a soberania nacional, cria fake news, nega a ciência, o direito às vacinas, destrói as políticas sociais e dissemina o ódio”. A posição reflete a preocupação das lideranças com a ascensão de figuras da extrema-direita. 

A mensagem da Federação Brasil da Esperança, que é composta por partidos alinhados historicamente à esquerda, é clara ao direcionar-se à militância e aos eleitores progressistas, reforçando a responsabilidade cívica com a democracia.

“Nosso dever cívico e democrático é derrotar a extrema-direita”, afirma o texto. Apesar de não endossar diretamente nenhum dos candidatos, o tom da nota sugere uma crítica velada ao projeto político de Fred Rodrigues, apoiado por setores mais conservadores, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Logo, ao pedir que o eleitor não anule o pleito, o texto também sugere voto a Mabel, candidato apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB).

Inicialmente, o PT optou pela neutralidade na disputa, especialmente após Caiado ter gravado um vídeo destacando que nunca buscou aliança com o partido. Lideranças que estavam dispostas a apoiar Mabel, ficaram chateadas com a mensagem e passaram a estimular o voto nulo. Contudo, há uma ala dentro do partido e no movimento progressista que tenta demover a ideia e embora não cite Mabel, faça o  endosso sua candidatura.

O texto desta coluna não reflete necessariamente a posição do Mais Goiás.