Filho de Bolsonaro, Jair Renan rebate primeira-dama e sai em defesa de sua mãe
Michelle havia criticado uso do sobrenome do presidente em candidatura, sem citar diretamente o caso de Ana Cristina
O filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan, rebateu uma crítica indireta feita pela primeira-dama Michelle Bolsonaro à mãe dele, Ana Cristina Valle (PP-DF), por usar o sobrenome do presidente em sua candidatura a deputada distrital.
Em uma rede social, Michelle havia publicado que seu irmão, Eduardo Torres (PL-DF), “é o nosso único candidato ao cargo de deputado distrital” e disparou críticas sem citar nominalmente Ana Cristina, ex-mulher do presidente. “Não existe apoio a nenhum outro candidato. Fica o alerta para ‘os alpinistas’ que estão tentando subir na vida, usando o nosso sobrenome”, escreveu Michelle. No registro de sua candidatura, a ex-mulher do presidente adotou o nome de “Cristina Bolsonaro”.
Depois disso, o Zero Quatro, como Jair Renan é conhecido, fez uma publicação em defesa da candidatura de sua mãe e disse que ela “tem o direito de usar o sobrenome”.
“Minha mãe Cristina Bolsonaro teve uma história de vida com o atual presidente Jair Messias Bolsonaro, onde foram casados por 16 anos, e sou fruto desta relação; onde houve parceria e muito amor”. Portanto, não podemos negar o fato de que minha mãe teve sua contribuição com a chegada do meu pai à Presidência da República”, escreveu Jair Renan.
Ana Cristina Valle se tornou alvo de um pedido de investigação da Polícia Federal com o objetivo de investigar “transações atípicas” na compra de uma mansão de R$ 3 milhões em Brasília. O GLOBO revelou que a Polícia Federal detectou movimentações financeiras de R$ 9,3 milhões de Ana Cristina entre março de 2019 e janeiro de 2022. Ela negou irregularidades na movimentação financeira. Jair Renan também foi alvo de uma investigação da PF sobre suspeita de tráfico de influência, mas a PF descartou a ocorrência de crimes na conclusão do inquérito. Sua defesa sempre negou que Jair Renan tenha favorecido empresários no governo.