Filho de Valério Luiz lança pré-candidatura a deputado estadual

Valério Luiz Filho confirmou que será pré-candidato a deputado estadual pelo PT, mesmo cargo que o avô Mané de Oliveira já ocupou. Ao Mais Goiás, ele disse que resolveu entrar na disputa ainda na terça-feira (14), quando houve o quarto adiamento do júri do caso Valério Luiz, radialista e pai dele, que foi assassinado em julho de 2012.

Advogado de acusação no processo, Valério disputou pelo PSD a Câmara de Goiânia, em 2016. Ele teve 3.787 votos e ficou na suplência do partido.

“Depois disso, deixei as disputas e me concentrei em levar o caso Valério Luiz até o fim, que havia sido a bandeira do meu avô [Mané de Oliveira], e foi a luta dele por todo o tempo.” Mané faleceu em fevereiro de 2021, aos 80 anos, sem ver o começo do julgamento do filho. Ele lutava contra um câncer do intestino.

Valério Filho justificou a decisão: “Acho que está muito claro que a Justiça por esse caso não é mais uma questão particular, significará a derrota de uma verdadeira máfia que controlava o Estado de Goiás. E agora, sem meu avô, estou muito fraco, vulnerável, e acho que sentem isso. Tive uma intuição muito estranha nesses meses, de que tem muita gente ruim trabalhando pela impunidade nesse caso. Mataram meu pai, meu avô se foi sem ver o julgamento, e agora estão obstruindo a justiça. Preciso da ajuda das pessoas.”

O jornalista Valério Luiz foi assassinato em julho de 2012. O ex-cartorário Maurício Sampaio é acusado de ser o mandante do crime. São cinco réus ao todo: Urbano de Carvalho Malta, Marcos Vinícius Pereira, Djalma Gomes da Silva, Ademá Figueiredo Aguiar Silva, além de Sampaio.

Adiamento de terça

O julgamento pelo assassinato do radialista Valério Luiz contra cinco acusados teve seu quarto adiamento nesta terça-feira (14), um dia após ter começado. Desta vez, a justificativa foi quebra de isolamento por parte de um dos jurados, que também passou mal.

“O juiz Lourival Machado informa que um dos jurados que compunha o Conselho de Sentença no caso Valério Luiz passou mal durante a madrugada e saiu do hotel. O mal-estar e a falta de condições para participar da sessão foram constatados, já em plenário, por médico do TJGO”, informou o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) por nota.

O jurado deveria ficar isolado, sem deixar o hotel. Mas como citado, esta não foi a única questão. Com o ocorrido, o magistrado marcou o novo júri para 5 de dezembro.