Filhos de Bolsonaro querem que presidente só faça campanha em “ambientes controlados”
Episódio em que Bolsonaro partiu para cima de um youtuber após ser provocado reforçou entre membros do governo e da campanha a ideia de que o GSI precisa endurecer os procedimentos
Não é apenas a campanha de Lula que está com o alerta máximo para a organização de eventos de grandes proporções. As medidas de segurança de Bolsonaro, que já conta com o aparato do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), têm sido pauta constante da equipe do presidente.
Em uma reunião recente, um dos filhos de Bolsonaro defendeu que ele só participe denatos públicos em “ambientes controlados”, ou seja, que o GSI dê plena garantia de que está preparado para conter qualquer risco.
Filhos do presidente têm rememorado o atentado contra Bolsonaro em 2018 e repetido, em reuniões da campanha, que “tentarão matar” o pai novamente neste ano.
O episódio, no entanto, também é usado politicamente pela campanha. A primeira agenda oficial do presidente na última terça-feira foi, justamente, um discurso na esquina onde ele sofreu a facada, em Juiz de Fora (MG).
O episódio que aconteceu nesta quinta-feira, em que Bolsonaro partiu para cima do youtuber Wilker Leão, após ser provocado, reforçou, entre membros do governo e da campanha, a ideia de que o GSI precisa endurecer seus procedimentos. A permissão para que Leão se aproximasse do presidente e o chamasse de “tchutchuca do centrão” foi vista como uma “falha” da pasta.