ELEIÇÕES

Flávia Arruda lidera corrida ao Senado no DF, com 36%, aponta pesquisa Quaest

Pesquisa da Quaest contratada pelos Diário Associados neste domingo mostra que a deputada federal e…

Pesquisa da Quaest contratada pelos Diário Associados neste domingo mostra que a deputada federal e ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL) desponta como favorita na disputa ao Senado pelo Distrito Federal. Em todos os cenários, a parlamentar está isolada na liderança. Considerado todos os pré-candidatos, Arruda está com 36%, enquanto a ex-ministra Damares Alves (Republicanos) marca 9%, numericamente empatada com o senador José Antônio Reguffe (União Brasil), e na margem de erro com Paula Belmonte (Cidadania), 8%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Ainda no primeiro cenário, Rosilene Corrêa (PT) marca 4% e Ana Prestes (PCdoB), 2%. Paulo Roque (Novo) e Fernando Marques (PP) ficam com 1%. Elcimara (PSTU) não pontuou. O porcentagem de eleitores indecisos é de 7%, e a taxa de votos brancos e nulos é alta em todos os cenários, variando de 22% a 32%.

A pesquisa Quaest ouviu 1.500 eleitores e está registrada no TSE com os números DF-08227/2022 e BR-04749/2022.

Flávia atrai eleitor de Lula

Ex-ministra do governo Bolsonaro, Flávia Arruda fura a polarização nacional ao conquistar votos dos eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e também de Ciro Gomes (PDT). Flávia conquista 38% do eleitorado do petista, 42% entre quem votará em Bolsonaro e 34% dos que declaram voto no pedetista. Flávia é conhecida por 86% e tem rejeição de 40%.

Já Damares Alves chega a 24% das intenções de voto entre quem pretende votar em Bolsonaro, menos de 1% entre eleitores de Lula e 2% de Ciro. Damares ainda é desconhecida por 50% dos entrevistados e acumula rejeição de 28%. De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, proporcionalmente, as duas candidatas têm a mesma rejeição.

Casal Arruda ‘escanteado’

A pesquisa sai dias após um arranjo que frusta os planos do clã Arruda, formado pela parlamentar e pelo seu marido, o ex-governador José Roberto Arruda (PL), que recuperou os direitos políticos após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na última semana, a ex-ministra Damares lançou sua pré-candidatura ao Senado, numa aliança com o atual governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Ibaneis disputará a reeleição e definiu o palanque de Bolsonaro na capital federal. O anúncio frustou os planos do ex-governador cassado, que negociava o apoio do presidente.

A articulação entre Damares e Ibaneis prejudicou o plano de Flávia de se lançar ao Senado. Eleitoralmente, dirigentes partidários consideravam inviável que o marido disputasse a governador e a mulher, ao senado.

Damares conta com o apoio da primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas não era a preferida da ala política do governo. Ela é vista como novata na política para disputar um cargo majoritário do porte do Senado. Segundo interlocutores, internamente, Bolsonaro havia declarado até mesmo preferência por Flávia. Mas a insistência de seu marido em se candidatar prejudicou a ex-ministra da Secretaria de Governo, que acabou preterida da chapa. A interlocutores, Flávia Arruda tem dito que as conversas continuam e ainda não admite desistir da candidatura ao Senado.

Ibaneis tinha um compromisso com Flávia Arruda (PL), mas para confirmar o apoio pediu que a deputada declarasse publicamente que o marido não seria candidato ao governo. As articulações do ex-governador para disputar o Buriti irritaram o emedebista, que decidiu então anunciar a chapa sem a presença do PL.