Foragido nos EUA, Allan dos Santos pede a STF para desbloquear suas contas
Segundo advogado, bloqueio “inviabilizou a subsistência própria e familiar do impetrante”
O foragido Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos desde outubro passado, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que desbloqueasse as contas bancárias de sua empresa de comunicação, o canal Terça Livre.
Vale lembrar, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão do blogueiro bolsonarista em 21 de outubro. Moraes pediu, então, ao Ministério da Justiça para iniciar o processo de extradição do blogueiro bolsonarista, que também está na lista da Interpol.
Allan é um dos principais alvos da investigação sobre as milícias digitais, além de investigado no inquérito das fake news. Inclusive, ele deixou o país após entrar na mira dos inquéritos relatados por Moraes e teve as redes sociais suspensas.
Mesmo com o decreto de prisão, Allan dos Santos dá entrevista à rádios brasileiras. Em novembro, ele chegou a chamar Moraes de “psicopata” e “tirano”.
Mandado de segurança
A defesa do blogueiro protocolou mandado de segurança no último domingo (13). No pedido, os advogados disseram que o bloqueio (também de 21 de outubro) “inviabilizou a subsistência própria e familiar do impetrante”. Expôs, ainda, que privou Allan de “renda e recursos de natureza alimentar”.
“Claramente há o prolongamento indevido e até o ‘requentar’ de uma investigação já esvaziada de conteúdo. Mais grave isso se torna quando tais investigações a prazo irrazoável e sem frutos palpáveis, estão servindo de embasamento para medidas cautelares constritivas que fecham as portas de um órgão de imprensa, retiram a renda e recursos de natureza alimentar do impetrante, sua família e seus colaboradores e bloqueiam todos os meios de comunicação disponíveis para o exercício de sua liberdade (do impetrante) de expressão”, escreveu o advogado Renor Oliver Filho.
Ainda segundo ele não há indiciamento ou denúncia contra Allan, e as cautelares contra ele já passa de quatro meses, “com imensos prejuízos morais e materiais”. “Fato é que mesmo depois de todo esse tempo, vários feitos em andamento por mais de dois anos, bloqueios indevidos de recursos do impetrante e outras cautelares, a nada se chegou de minimamente concreto”, justifica.
Os autos estão conclusos ao relator desde 14 de março, mas ainda não houve resposta. O mandado de segurança pode ser conferido AQUI.