Fred Rodrigues mira discurso de renovação, mas repete projeto de Marconi ao propor redução na tarifa do transporte coletivo
Projeto lembra quando o ex-governador abaixou a tarifa do Eixo Anhanguera a 0,45 centavos, número que da legenda tucana
Candidato ao Paço Municipal e com discurso colado na nova geração da política à margem dos políticos tradicionais, o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL), repete a mesma estratégia utilizada pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ao propor a redução da tarifa do transporte coletivo para R$ 2,20, numa clara referência ao número da urna de seu partido. A avaliação é do coordenador do Fórum Mova-se, Miguel Ângelo, em entrevista à coluna.
Rodrigues teve de se explicar nas redes sociais após, de acordo com sua campanha, ter sido vítima de uma fake news que dizia que o candidato estuda acabar com o subsídio que mantém a tarifa do transporte coletivo à R$ 4,30. Sem os recursos, o bilhete custará ao passageiro quase R$ 10,00.
Ao afirmar que havia sido alvo de desinformação, o ex-deputado estadual aproveitou para sugerir a redução do bilhete. “O que eu tive foi a responsabilidade de falar pra vocês como é dividido esse subsídio. Eu preciso também do apoio do governador do estado, da prefeitura de Aparecida e das demais cidades. Mas como eu vi que o governador Ronaldo Caiado está interessado nisso e quer nos ajudar, pode ter certeza, eu estou propondo aqui agora então, junto com o governador e com os demais entes, que a gente reduza a passagem para R$2,20”, salientou.
Ao sugerir a proposta, Fred volta quase 20 anos atrás quando em 2005, o ex-governador Marconi Perillo, do PSDB, reduziu a tarifa que era R$ 1,50 para R$ 0,45, em referência direta ao número de legenda da sigla tucana. Muitos especialistas avaliam que a política tarifária adotada pelo então chefe do executivo estadual foi o início do processo de degradação que a Metrobus, então única empresa responsável pela operação no Eixo Anhanguera enfrentou nos anos subsequentes. “Ao não apresentar estudos técnicos, o discurso do candidato se limita apenas a uma proposta política eleitoral, semelhante à utilizada em outras épocas”, destaca Miguel Ângelo, coordenador do Fórum Mova-se.
O texto desta coluna não reflete a posição do Mais Goiás.