Gayer acusa Caiado de estar por trás de ação da PF contra ele, e governador responde
"Eu tive despacho com o ministro dia 22, Gustavo Gayer. A decisão do ministro [sobre a operação] já havia sido dada dia 18 de outubro"
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) publicou no Instagram uma resposta ao deputado federal Gustavo Gayer (PL), que foi alvo de operação da Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (25), autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O parlamentar afirmou que o gestor do Estado estaria por trás da ação, uma vez que ele esteve no STF no dia 22 de outubro.
“Diante de uma mentira publicada pelo deputado federal Gustavo Gayer que tenta distorcer o objetivo de uma reunião que tive no Supremo Tribunal Federal, no dia 22 de outubro, quero esclarecer”, iniciou Caiado. O governador explicou que, em 25 de outubro, seria a data final do fechamento da mina de Minaçu, por isso foi ao STF. “Causaria enormes sequelas à população da cidade.”
Assim, ele explicou que foi ao ministro Alexandre de Moraes, porque ele é o relator do caso, algo sem qualquer relação com a operação contra Gayer. “Eu tive despacho com o ministro dia 22, Gustavo Gayer. A decisão do ministro [sobre a operação] já havia sido dada dia 18 de outubro”, mostrou o documento na gravação.
E continuou: “Você sabe o porquê de o Gustavo Gayer estar nervoso? Ele não quer assumir o crime que cometeu. Ele tinha consciência de tudo isso.” Caiado ainda afirmou que o deputado federal está preocupado, pois o sócio dele disse que “a gente está pregando uma coisa e vivendo outra, infelizmente tem muitas coisas erradas acontecendo”, ou seja, tinha consciência, conforme o governador ao narrar trecho do documento. “[Seu sócio] Descreve como [Gayer] está desviando dinheiro para o filho.”
Sobre a ação, o parlamentar foi alvo de uma operação da Polícia Federal por supostamente liderar um grupo suspeito de desviar recursos públicos oriundos de cota parlamentar e de falsificar documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Ao todo, foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, os policiais apreenderam o celular do parlamentar. Eles também encontraram R$ 72 mil com um assessor do deputado federal.
Posição de Gayer
Depois de ter sido alvo de operação da Polícia Federal na sexta-feira, o deputado federal usou as redes sociais para se pronunciar e disse que “nunca cometeu nenhum crime”. “Eu nunca fiz nada de errado. Nunca cometi nenhum crime, mas estou sendo tratado igual um criminoso pela Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes [ministro]”, disse Gayer.
Sobre o dinheiro, Gayer explicou que o valor é da mãe do assessor. Uma senhora que “não confia em bancos.