Gayer comemora lei contra pedofilia enquanto Alcides é acusado de se envolver com menor

Uma das principais lideranças bolsonaristas de Goiás, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) comemorou nesta quinta-feira (12), a aprovação do projeto que permitirá a castração química de pessoas condenadas pelo crime de pedofilia. A celebração acontece no mesmo dia em que o deputado federal Alcides Ribeiro (PL), que votou a favor da matéria, teve seu nome envolvido num suposto envolvimento com um adolescente de 16 anos.

“Mesmo com a esquerda votando em peso para proteger os pedófilos conseguimos aprovar a castração química desses demônios”, destacou Gayer nas redes sociais. Momentos antes, contudo, Alcides viu seguranças e assessores serem presos em uma Operação da Polícia Civil de Goiás suspeitas de ameaçar e roubar um adolescente de 16 anos para que provas de uma suposta relação íntima entre o menor e o parlamentar fossem apagadas. Gayer, inclusive, apagou vídeos em que Alcides aparecia ao seu lado.

Ao Mais Goiás, ele confirmou que um dos detidos morava em sua residência em Aparecida de Goiânia e trabalhava como seu segurança. Ribeiro pontuou que estava em Brasília e se posicionaria quando chegasse na capital. Foi no local, inclusive, que Leno, o assessor, foi preso. No boletim de ocorrência, que o portal teve acesso, a mãe do menor acusa diretamente o parlamentar de abuso sexual.

Mais tarde, a assessoria de imprensa do deputado federal destacou que a defesa de Alcides se posicionaria em nome do parlamentar. O Mais Goiás tentou contato com o advogado que representa o empresário, mas ainda assim, ficou sem posicionamento. O espaço poderá ser atualizado assim que os envolvidos decidirem se manifestar.

O portal já mostrou que a Polícia Civil investiga outros crimes contra o adolescente de 16 anos vítima de ameaça e roubo de celular, em caso que teria o envolvimento do deputado federal. A delegada responsável, Sayonara Lemgruber, não detalhou quais seriam, uma vez que a investigação está em andamento. Vale ressaltar, contudo, que Alcides Ribeiro não é o objeto principal da apuração. Caso isso ocorra, a investigação pode ser transferida para a Polícia Federal, visto que trata-se de um parlamentar, além de haver envolvimento de um menor.