Gestão Rogério Cruz piorou depois que rompeu com MDB, diz ex-vereador Andrey Azeredo

Um dos principais entusiastas da pré-campanha da advogada Ana Paula Rezende (MDB) a Prefeitura de Goiânia nas eleições em 2024, o ex-presidente da Câmara dos Vereadores, Andrey Azeredo (MDB) esteve nos três primeiros meses da gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) como secretário de Governo e culpa o rompimento com o MDB ao momento que o republicano vive frente ao Paço Municipal.

Como secretário de Governo, Andrey era responsável pela articulação política de Rogério Cruz junto à Câmara dos Vereadores. Sua exoneração marcou o início do rompimento do republicano com o MDB. Em seu discurso de posse, o prefeito garantiu que não faria mudanças significativas no secretariado, escolhido pelo prefeito eleito, Maguito Vilela.

Para Andrey, os movimentos de muitos nomes da política no sentido de criarem suas pré-candidaturas mostra que a administração não vai bem. E atribuí diretamente o rompimento com os emedebistas no atual contexto. “Eu vejo muito pelo momento político-administrativo que Goiânia vive. Quando o atual prefeito de Goiânia optou por virar as costas ao MDB que o elegeu”, salientou. “Que na verdade elegeu Maguito Vilela e ele [Rogério Cruz] foi eleito como vice e trouxe forasteiros de forma a administrar Goiânia. Pessoas que não ficaram na gestão por muito tempo”, destacou. 

Andrey postula que o município e faz algumas críticas ao contexto. “Goiânia é uma cidade que está machucada. Tem muitos buracos, está suja e feia, não tem obras estruturantes e indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida. É um político que evidencia fraquezas quando quer tomar decisões Tem muito vai-e-volta. Você veja o número de secretários que são trocados, alguns até voltam para o cargo. Indicações feitas por vereadores e depois por pressão da população volta atrás. É muito amadorismo”, salienta.

Questionado se o rompimento do MDB originou todo esse momento, Andrey é taxativo. “Tenho convicção disso. A forma como foi construído o atual plano de governo para que Maguito executasse com fundamento, solidez e ações melhorariam ainda mais a vida do goianiense. Todos vínhamos de uma gestão exitosa de Iris. Tudo isso foi rasgado”, pontuou. 

“Quem está executando esse plano, são secretários que muitas vezes, palavras dos próprios membros que convivem hoje na administração, são donos de ‘feudos’. Cada um defende seu ‘micro-grupo político’, com total descompromisso com a população”, destacou.

Andrey sai em defesa de seu grupo. Em questão de dias, 14 secretários foram exonerados do primeiro escalão da gestão municipal. “O grupo que assumiu junto com Maguito Vilela e que permaneceu na gestão até o fim de março era extremamente qualificado, conhecedores da máquina administrativa, com muita densidade política e que sabiam as linhas principais da gestão e como alcançar os objetivos do plano de governo. Infelizmente foi uma decisão errada da cabeça do prefeito e de seu partido, nos foi jogado no lixo. E Goiânia vive esse caos hoje”, completou.

Andrey destaca ‘tempo’ do MDB a Ana Paula

O ex-vereador avalia que a advogada Ana Paula Rezende está ‘corretíssima’ na sua decisão de ‘maturar’ a candidatura e evitar cravar o lançamento de sua pré-campanha. “O MDB deseja de fato de vê-la como candidata a prefeita de Goiânia. A decisão neste momento não seria nem prudente. Estamos há mais de um ano da campanha”, diz ao elogiar a postura da filha de Iris Rezende.

“Acredito que ela age com serenidade e analisando todo o cenário, conversa com as pessoas que ela vê como boas conselheiras e bons atores políticos que conhecem o processo político de Goiânia”, reforça Andrey. “Tenho convicção que em prol do MDB, do amor que tem por Goiânia e da responsabilidade com o legado dos pais, ela tomará essa decisão no momento certo”.

Qual o melhor momento para anunciar a pré-candidatura e começar a pavimentação do projeto? Andrey responde. “Acredito que até o final do ano essa decisão já seja tomada e informada ao MDB. Seria um tempo suficiente para que ela possa de fato estabelecer a partir do inicio do ano que vem possíveis alianças político-partidárias em torno daquilo que ela e o MDB já terão de forma mais evidente com um plano de gestão em mãos”, completa.