Eleições

Gilmar Mendes destaca que essa é a eleição mais violenta da história

O ministro afirmou que isso é reflexo do aumento da insegurança pública no País.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, esteve na manhã deste domingo, 02, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo para acompanhar a votação paralela, sistema de auditoria de segurança das urnas eletrônicas. O ministro afirmou que essa foi uma das eleições com mais episódios de violência da história e que isso é reflexo do aumento da insegurança pública no País.

“Houve uma deterioração do quadro de segurança pública e isso se reflete no processo eleitoral”, disse ele. “Temos mais violência do que tivemos em 2012.” Ele, que esteve na Baixada Fluminense para acompanhar os casos recentes de violência no Rio de Janeiro afirmou que foram feitos pedidos de força federal em mais de 400 municípios pelo País. “Sabemos que muitos desses casos têm relação com o crime organizado. A última coisa que queremos é o crime organizado envolvido com a política.”

O presidente do STF afirmou que essas eleições vão funcionar como uma espécie de “experimento institucional” por estrearem novas regras, como a proibição do financiamento empresarial nas campanhas. Em relação ao fato de a medida possivelmente desencadear aumento de caixa dois, o ministro afirmou que deverá haver uma avaliação precisa após o segundo turno e, se necessário, a indicação de novas medidas. “O que eu estou defendendo faz tempo é que temos que fazer a tão desejada reforma política do sistema eleitoral”, disse.

Quanto à segurança das urnas, o presidente do STF afirmou que a verificação paralela ratificou a confiabilidade do sistema. “Fazemos no dia anterior um sorteio para apanhar determinadas urnas, trazemos para um ambiente controlado e fazemos essa votação, controlando o voto e o resultado. O sistema é totalmente seguro”, afirmando que apenas nove urnas tinham sido substituídas até então.

Gilmar Mendes afirmou que a apuração, como na eleição anterior, deve ser muito rápida. Depois da coletiva de imprensa, o ministro partiu para Brasília, de onde vai acompanhar os resultados.