ELEIÇÕES 2024

Goiânia: Mabel reconhece que divisão na direita favorece Accorsi no primeiro turno

Empresário fala em campanha "sem agressões" entre candidatos à direita para não comprometer alianças no segundo turno

Presidente da Federação da Indústria de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, durante reunião do Forum de Entidades Empresarais. Ele concedeu breve entrevista ao Mais Goiás (Foto: Divulgação)

Com pelo menos três pré-candidatos disputando votos do mesmo eleitorado em Goiânia, o nome da base caiadista, o empresário Sandro Mabel (União Brasil), reconhece que a divisão favorece a pré-candidatura da deputada federal Adriana Accorsi (PT) no primeiro turno. Ele, contudo, espera que no segundo turno todos se juntem em torno de um só postulante, por isso fala em “campanha sem agressão”, especialmente em relação ao senador Vanderlan Cardoso (PSD).

Além de Mabel e Vanderlan, a direita tem a pré-candidatura do deputado federal Gustavo Gayer (PL) em curso. O empresário, que também é presidente da Federação da Indústria de Goiás (Fieg), até tenta fazer com que o senador recue e caminhe com ele no primeiro turno, mas o parlamentar reforça que não há recuo. Porém, Cardoso abre o caminho para que ambos estejam juntos na segunda etapa da eleição. 

“Eu acredito que em um primeiro turno, sim [a divisão favoreça Adriana]. Mas eu acredito que num segundo turno, todos subindo no mesmo palanque, possamos virar o jogo”, destaca Mabel ao Mais Goiás..

Mabel indica que o tom do primeiro turno, pelo menos entre os candidatos do seu espectro político, será ameno. “Por isso, teremos muito cuidado durante a campanha, sem agressões. Eu não tenho porque fazer isso. Ele [Vanderlan Cardoso] é meu amigo pessoal. Externamos a ele nossa preocupação como representantes do setor produtivo”, destacou.

Sandro também pontuou sobre as disputas em relação a grupos políticos, de olho na vice em sua chapa. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, não esconde de ninguém que deseja emplacar a indicação a partir do bloco partidário que comanda – com PRD, Avante, PSB e Agir na composição. Da mesma forma que o MDB, do vice-governador Daniel Vilela, quer a vaga.

Ele, no entanto, destaca que não há “faca no pescoço” para a escolha do nome e diz que este será selecionado a partir de pesquisas qualitativas feitas pelo Palácio das Esmeraldas. “Eu, Bruno e o governador vamos decidir a partir de uma pesquisa qualitativa sobre o perfil do vice-prefeito. O partido que for contemplado nas negociações com esse perfil vai indicar um candidato que corresponda ao desejo dos goianienses. Quero ter um parceiro que atenda os desejos dos goianienses”, completou.