Goiânia pode ganhar memorial às vítimas do acidente com césio-137, em 1987
Deputado Karlos Cabral justifica a necessidade da homenagem, pois o acidente teria caído no esquecimento
Goiânia pode ganhar um memorial às vítimas do acidente com césio-137, em 1987. A proposta é do deputado estadual Karlos Cabral (PSB) e tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
O caso, ocorrido em setembro de 1987, é o maior acidente radiológico do mundo. O acidente envolveu 19 gramas de Césio 137, contaminou 249 pessoas e gerou mais de 6 mil toneladas de lixo radioativo.
Confira AQUI um documentário especial do Mais Goiás sobre o assunto.
Sobre o projeto, Cabral afirma que o acidente caiu no esquecimento, “haja vista que até hoje não temos um Memorial e pouco foi feito em relação aos estudos para diagnosticar e tratar os efeitos da radiação no ser humano”. Segundo ele, a ideia é fazer um marco geográfico na capital.
“O obelisco pode ser construído com recursos próprios do Estado, pois é algo que não demanda requintes da engenharia. A sua arquitetura clássica é usada tanto como marco comemorativo, a exemplo do obelisco de Paris, quanto como honra memorial, conforme ocorre no obelisco do Ibirapuera em São Paulo.”
O texto também prevê uma solenidade. Diz um dos artigos da proposta: “Com o marco histórico fica instituído o dia 13 de setembro como o dia oficial da abertura da cápsula que continha o material desencadeador do acidente radiológico com césio-137, que será relembrado anualmente através de honras cívicas e militares, a serem prestadas perante o monumento às vítimas do acidente radiológico com césio-137, em cerimônia simples, porém revestida de caráter solene.”
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