PREOCUPAÇÃO | CRISE FINANCEIRA

Goiânia projeta déficit de R$ 70 milhões para 2020; Paço avalia novos cortes

A Prefeitura de Goiânia projeta um déficit de R$ 70 milhões para o ano de…

A Prefeitura de Goiânia projeta um déficit de R$ 70 milhões para o ano de 2020, em comparação com o exercício de 2019. Segundo o secretário municipal de Finanças, Alessandro Melo, novos cortes não estão descartados para tentar manter o equilíbrio financeiro da máquina pública. A situação pode ser agravada caso o auxílio emergencial aprovado para estados e municípios no Congresso Nacional há duas semanas  não seja sancionado em maio pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Alessandro Melo disse que R$ 230 milhões já foram ou estão previstos para serem economizados até o final do ano. No entanto, as medidas ainda são insuficientes, já que há uma queda de receita prevista na ordem de R$ 310 milhões. A última medida de cortes foi um novo contingenciamento na ordem de R$ 44 milhões. Decreto sobre o assunto foi publicado na última sexta-feira (15). Segundo o secretário Alessandro Melo, o novo decreto já está dentro da previsão de economia de R$ 230 milhões.

Em entrevista à Rádio Sagres, o secretário lembrou que o prefeito Iris Rezende, teve de enfrentar um déficit mensal em mais de R$ 30 milhões no início da gestão, além de um passivo superior a R$ 600 milhões.

O secretário alegou que os R$ 70 milhões de déficit, formam uma condição suportável pelo trabalho de recuperação que foi feito nos últimos anos. “Esses R$ 70 milhões é suportado, pois temo suma trabalho de três anos realizados. Se ainda tivéssemos numa situação fiscal ruim, não suportaríamos o déficit, disse.

De acordo com Melo, porém, a situação fez com que o Paço abandonasse o planejamento feito para este ano. “Já abandonamos o planejamento de 2020. Já foi perdido. Não queremos ficar pior do que 2019”, relatou. Agora, avaliações do cenário são feitas três vezes ao mês e o resultado embasa uma reprogramação do planejamento para enfrentamento da crise.

Auxílio

Assim como outros municípios, Goiânia ainda aguarda o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) sancionar lei aprovada pelo Congresso Nacional há duas semanas, que visa concessão de auxílio a estados e municípios. Goiânia irá receber R$ 188 milhões. “Se o auxílio não chegar em maio será preocupante. Isso tudo pode implicar numa melhor ou piora do cenário”, avaliou o secretário.

Caso o recurso não chegue neste mês de maio, a prefeitura sinaliza que fará ainda mais cortes, para evitar uma dificuldade fiscal ainda maior no fechamento do exercício 2020.