BAIXA REPRESENTATIVIDADE

Goiás não deve ter muitas mulheres eleitas, projeta ativista

Para a líder do Grupo Mulheres do Brasil - Núcleo Goiânia, Sandra Méndez, cenário político ainda está longe do ideal do ponto de vista da representatividade feminina

Apesar dos avanços nas discussões acerca da representatividade feminina na política, Goiás não deverá ter muitas candidatas mulheres eleitas. A projeção é da ativista e líder do Grupo Mulheres do Brasil – Núcleo Goiânia, Sandra Méndez, e foi comentada em live com o Mais Goiás na tarde deste domingo (15).

Durante a transmissão, ela lembrou da baixa representatividade feminina nos parlamentos goianos e do Brasil. Conforme a ativista, em 2016, nenhuma mulher foi eleita como vereadora em 71 municípios de Goiás. Em 80, apenas uma mulher foi eleita. A Câmara Municipal de Goiânia, por exemplo, conta com apenas 5 dos 35 vereadores em exercício.

Para ela, o cenário não deve ser diferente neste ano. “Pela avaliação que fiz, o número de candidatas neste ano varia pouco com relação às últimas eleições. Evoluímos nas discussões, mas o cenário ainda está longe do ideal”, afirmou.

Para Sandra, a baixa representatividade tem ligação direta com a cultura e a falta de incentivo. “As mulheres não são incentivadas a participar da política. A política é um ambiente muito masculino. Você pega a formação dos partidos e os diretórios já começam com homens”, salientou.

De acordo com a líder do Grupo de Mulheres, somente com a participação feminina na política é o mundo se tornará mais inclusivo e igualitário. “Começa pelo olhar das pautas sociais, de saúde e educação. Esse é um momento de sensibilização e discussão para que em 2022 o movimento chegue com mais força”, disse.