Governo de Goiás diz que não incentivou medicamento sem comprovação
Por meio de ofício, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, do Senado, solicitou…
Por meio de ofício, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, do Senado, solicitou a todos os governadores as informações sobre protocolos medicamentosos usados para tratar pacientes com o novo coronavírus. Ronaldo Caiado (DEM), por meio de documento, ressaltou que a secretaria de Saúde (SES-GO) em nenhum momento incentivou o uso de medicação sem comprovação científica.
A resposta diz, ainda, que o Estado nunca adquiriu medicamentos para o tratamento precoce com recursos próprios, uma vez que, além da não comprovação de eficácia ou benefícios, existiam possíveis efeitos colaterais. Apesar de ter recebido a cloroquina do governo federal, afirma ter distribuído aos municípios de acordo com as orientações do Ministério da Saúde (MS).
“Fica, portanto, evidente que em momento algum a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás incentivou a utilização de medicamentos sem a devida comprovação científica no âmbito do estado de Goiás, tendo, sob esse escopo, sua atuação restringida à redistribuição de medicamentos aos municípios, conforme orientação do Ministério da Saúde, ficando a critério de cada município o protocolo de utilização daqueles remédios. A atuação foi, então, baseada integralmente em estudos e evidências, sempre com muita responsabilidade com a atividade prestada”, diz o referido trecho.
Além disso, informou que, por meio da Superintendência de Atenção Integral à Saúde da SES, elaborou notas técnicas que não recomendavam a utilização da cloroquina, inclusive nos casos leves da doença. “E não adotava as Orientações para manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da Covid-19, divulgado pelo Ministério da Saúde por meio da Nota Informativa nº 9/2020-SE/GAB/SE/MS, porém deixava claro que a
prescrição do medicamento é discricionariedade do médico e mediante o livre consentimento esclarecido do
paciente.”
Além de Ronaldo Caiado, o documento é assinado pelo secretários Ismael Alexandrino (Saúde) e Cristiane Schmidt (Economia), e pelo secretário-chefe da Controladoria-Geral do Estado, Henrique Ziller.