Governo propõe parcelamento do salário de dezembro por faixa salarial
Folha seria paga entre os meses de março e agosto. Ainda não há definição sobre o pagamento de férias e 13º
Em entrevista coletiva realizada na noite desta quinta-feira (17), o Secretário de Governo do Estado de Goiás, Ernesto Roller (MDB) anunciou uma proposta de parcelamento para a folha de pagamento do mês de dezembro dos servidores públicos estaduais.
A proposta consiste em pagar em dia as folhas de janeiro e fevereiro e de parcelar o mês de dezembro por faixas salariais. O parcelamento seria da seguinte forma:
Março: Até R$ 3.500
Abril: de R$ 3.500 a R$ 4.800
Maio: de R$ 4.800 a R$ 6.600
Junho: de R$ 6.600 a R$ 8.100
Julho: de R$ 8.100 a R$ 17.400
Agosto: de R$ 17.400 em diante
Além do titular da Segov, estavam presentes ainda a Secretária da Fazenda, Crisitiane Schimdt, o secretário da casa-civil, Anderson Máximo e a procuradora geral do estado, Juliana Pereira Diniz Prudente.
Bancarrota
Em sua fala, Roller afirmou que a gestão de Caiado “pegou o estado com R$11 milhões em caixa”. Além disso, confirmou que era necessário que todos “dêem as mãos para que possamos sair desse colapso”.
“São 17 dias de governo. Se nós não parcelamos o salário, continuaremos pagando com 25, 30 dias de atraso. Precisamos dar as mãos. Juntos iremos salvar o estado de Goiás da bancarrota em que ele foi colocado pela irresponsabilidade de governos anteriores”, completou.
Contra-proposta
Sindicalistas ligados ao Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos do Estado de Goiás estavam presentes na coletiva e também fizeram uso da palavra. Eles lamentaram a ausência do governador Ronaldo Caiado (DEM) e argumentaram que era necessário levar em conta a difícil situação dos trabalhadores com contas atrasadas. Depois disso fizeram duas propostas ao governo:
– Pagar o salário de dezembro imediatamente e o de janeiro até dia 10 de fevereiro ou;
– Pagar o salário de janeiro dentro do prazo estabelecido em lei e parcelar o salário de dezembro em duas vezes nos meses de fevereiro e março.
Ambas foram rejeitadas pelos representantes do governo do estado. Ernesto Roller afirmou que o estado não possui recursos para atender às propostas dos sindicalistas. “Não adianta dourar a pílula. Não temos dinheiro”, reforçou.
13º e férias
Durante a coletiva, integrantes do Fórum questionaram sobre o pagamento do 13º dos funcionários que fazem aniversário em dezembro. Eles perguntaram ainda sobre a férias que foram usufruídas no mesmo período.
A preocupação dos sindicalistas é que, ao receber esse benefícios, alguns servidores poderiam mudar de faixa salarial. Dessa forma, eles receberiam um mês depois da proposta feita pelo governo.
Sobre essa questão, o governo solicitou um prazo para avaliar o impacto dos benefícios na folha de dezembro. Uma nova reunião foi marcada para sexta (18) para que uma resposta sobre o 13º e as férias seja dada.