EDUCAÇÃO

Governo quer aumentar carga horária de professores em Goiás

Projeto aumenta de 28 para 32 horas-aula a presença dos professores em sala de aula. Sindicato contesta

Passou em primeira votação, na Assembleia Legislativa de Goiás, projeto de lei que modifica a jornada de trabalho dos servidores da Educação. O projeto do governo estadual quer aumentar a carga horária dos professores em sala de aula para se adequar à legislação federal. Sindicato da categoria contesta.

Segundo a proposta do governo, o professor que tem jornada de trabalho de 40 horas semanais deverá ministrar 32 horas-aula, mais 14 horas-atividade, das quais 5 na escola e 9 de formação continuada.

O governo estadual diz que a alteração “não irá provocar prejuízos financeiros aos professores, apenas a regularização na forma de lançamento da rubrica da carga horária de 40 horas semanais, equivalente a 200 horas mensais”

Até então, os professores têm sua carga horária convertida em 28 horas-aulas e 12 horas-atividade. Ou seja, na prática haverá aumento no trabalho em sala de aula.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego), Bia de Lima, taxa o projeto de “absurdo”. Já que o Estado não pagaria pelas aulas a mais. “O Estado quer economizar às custas do trabalho [do professor]”, diz.

Emendas

A proposta havia sido incluída na Ordem do Dia da sessão ordinária, mas recebeu emendas dos deputados Antônio Gomide (PT), Delegada Adriana Accorsi (PT), Delegado Eduardo Prado (PL) e Paulo Cezar (PL), e precisou passar por análise da Comissão de Constituição e Justiça, mas foram rejeitadas.

Votaram contra a matéria, na sessão, os deputados Paulo Cezar, Major Araújo (PL), Antônio Gomide, Delegada Adriana Accorsi, Delegado Eduardo Prado (PL) e Alysson Lima (PSB).

A matéria precisa passar por mais uma fase de discussão e votação na Casa, antes de poder seguir para a sanção do governador Ronaldo Caiado (UB).