Grupo Friboizista dá sinais de força e vai enfrentar Iris
O empresário se encontrou com deputados e prefeitos que começaram uma segunda rebelião dentro do PMDB
Apesar do escritório político de Iris Rezende, na tarde e noite desta terça-feira, não ter espaço para mais nenhum carro, quem se movimenta silenciosamente é o grupo que apoia Júnior Friboi.
O empresário se encontrou com deputados e prefeitos que começaram uma segunda rebelião dentro do PMDB: lançar um segundo nome para que ocorra uma forçada convenção no final de junho.
Hoje, o deputado estadual Daniel Vilela respondeu ao chamado do grupo e se negou a disputar o governo.
Em conversa com o portal MAIS GOIÁS, ele descartou que tenha interesse em disputar as eleições ao governo e disse que está concentrado em seu trabalho legislativo e de olho numa candidatura à Câmara Federal.
O parlamentar agradece a lembrança de seu nome, mas alerta que o partido tem que resolver seus conflitos internos e se decidir entre Friboi e Iris. “O problema precisa ser solucionado. O PMDB tem que resolver de forma pacífica e procurar alianças e se organizar”.
Sem Daniel, o grupo, que mostra certo nervosismo com as recentes modificações de cenário, colocou outro nome nos holofotes: Sandro Mabel.
Como não disputará nenhum cargo nestas eleições, visando uma disputa à prefeitura de Goiânia, em 2016, Mabel poderia ser o nome do grupo, já que apoia Friboi.
A reportagem do MAIS GOIÁS não conseguiu manter contato com Mabel, que não retornou ligações do portal.
ATAQUES
O fato principal pós-carta de desistência é que o grupo de Friboi tem atacado com rigor Iris Rezende, o que mostra a animosidade dos friboizistas com o velho cacique do partido.
Leonardo Vilela (deputado federal), Paulo César Martins (deputado estadual) e Marcelo Melo ampliaram, por exemplo, o discurso contrário a Iris Rezende.
Melo reitera que “nunca mais Iris não vai mandar sozinho dentro do PMDB”. O ex-deputado federal articula para dificultar uma postulação de Iris, que poderia até mesmo ser derrotado em uma convenção.
A articulação do grupo passa agora pela expectativa do que Iris Rezende vai falar depois da carta. Até agora o cacique está sem palavras e teme falar, pois pode aprofundar ainda mais a crise da sigla.
Todavia, um pronunciamento de Iris é aguardado para esta quarta ou quinta-feira. Ele precisa se comunicar com o partido para lograr êxito em sua tentativa de se candidatar.
O sucesso de Iris dependerá da capacidade de atrair os defensores de Friboi para seu grupo. E eles não querem apenas palavras.