Ameaça

Hacker tentou invadir celular de juiz federal relator da Lava Jato no RJ

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) afirmou neste sábado (8) que hackers tentaram…

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) afirmou neste sábado (8) que hackers tentaram invadir o celular do juiz federal Abel Gomes, relator na 2ª instância da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

De acordo com o tribunal, o juiz Flávio de Oliveira Lucas, que atuou no gabinete de Abel substituindo-o em período de férias, também foi vítima da tentativa de ataque. As duas ações ocorreram na quarta-feira (5), segundo o TRF-2.
O caso é tratado como uma tentativa porque a Polícia Federal ainda está periciando os aparelhos dos magistrados.
Segundo o tribunal, o hacker tentou acessar dados do celular e a conta no aplicativo de mensagens Telegram dos magistrados.

“Ao perceber a tentativa dos hackers, o desembargador Abel Gomes acionou a Polícia Federal, que está investigando o caso. Em ofício encaminhado à PF, o magistrado ressaltou que a necessidade de ‘esclarecer o grau de comprometimento desta invasão em meu telefone móvel, sistemas eletrônicos, e na minha vida privada e funcional'”, diz o TRF-2, em nota.

“[Hackers] Tentam um tipo de terrorismo eletrônico, para intimidar autoridades. Querem fazer uma demonstração de força, mostrar que seriam capazes de entrar na vida privada e até funcional das autoridades”, afirmou Abel Gomes, em nota.

O caso ocorreu um dia após a invasão ao celular do ministro da Justiça, Sergio Moro, ex-juiz que atuou na Lava Jato. O ex-juiz federal teve de cancelar a linha. A Polícia Federal investiga o caso. O setor de tecnologia da pasta também foi acionado para ajudar a apurar de onde o ataque partiu.

O autor da invasão ficou por cerca de seis horas utilizando aplicativos de mensagens de Moro. O ministro recebeu uma ligação por volta das 18h, do seu próprio número, o que estranhou. Ele atendeu, mas não havia ninguém do outro lado da linha.

Segundo Abel, o procedimento de invasão ao celular foi semelhante ao praticado com Moro. A única diferença é que o número do telefone que fez a chamada não era o mesmo do seu.