“Independência pra quem?”: Grito dos Excluídos promove reflexão sobre democracia e inclusão

Manifestantes protestam em prol de democracia e contra desigualdade social na manhã desta quarta-feira (7) durante o evento chamado de Grito dos Excluídos, em Aparecida de Goiânia. A mobilização é nacional e traz como lema “200 anos de (in)dependência para quem?”. Em Goiás, a concentração teve início no Setor Independência Mansões e conclusão prevista na Ocupação Beira da Mata.

Esta é a 28ª edição da manifestação que ocorre sempre durante o feriado de 7 de setembro. Dessa vez, tem participação de pastorais da Igreja Católica, Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal de Goiás (UFG) e grupos LGTBQIA+.

Os manifestantes devem percorrer as ruas de Aparecida até a ocupação Beira da Mata, no Independência Mansões, onde a ideié é ler uma carta em prol da justiça social e democracia.

Pautas

O coordenador de Pastoral de Goiânia, monsenhor Luiz Gonzaga Lobo, lembra que o ato foi criado pela Igreja Católica há 28 anos, com o propósito de defender a vida dos excluídos e excluídas do Brasil, em busca de uma sociedade mais justa e fraterna.

“Não queremos essa sociedade do inimigo, polarizada. Temos milhões de pessoas passando fome, crianças que são alimentadas apenas com merenda escolar. Que sociedade é essa que estamos vivendo?”, indaga. “A data é simbólica, estamos em processo de busca de independência de nosso povo”, salienta.

O Coordenador do DCE da UFG e vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Heitor Arraes, aponta a necessidade de eleição de candidatos que defendam o povo brasileiro e a democracia. “Precisamos de candidatos que tragam investimento na educação e que tirem o país dessa lama de desemprego e fome”.