Câmara Municipal de Goiânia

Iniciado em 2015, projeto do ponto biométrico na Câmara de Goiânia é rejeitado

Autor da matéria fala em “armação” e pauta surpresa, mas presidente da Casa diz que matéria já estava prevista para votação

O Projeto de Lei que estipula a obrigatoriedade de registro de frequência via ponto biométrico para os vereadores de Goiânia foi rejeitado nesta quarta-feira (13) por 11 votos a 8 (e 3 abstenções). A matéria chegou à Câmara Municipal da capital em 2015, entrouo na pauta para primeira votação em abril deste ano, mas por conta de uma emenda, voltou à Comissão Mista.

No colegiado, o projeto já tinha sido aprovado por unanimidade em 19 de outubro. Mas com a rejeição da emenda de Clécio Alves (MDB), que estendia a obrigação de ponto aos servidores da Casa. Porém, nesta quarta-feira a história foi outra.

Foram contrários: Welington Peixoto (MDB), Rogerio Cruz (republicanos), Milton Mercêz (Patriota), Kleybe Morais (DC), Izídio Alves (PR), Denício Trindade (SD), Clécio Alves, Carlin Café (Cidadania), Cabo Senna (Patriota), Anselmo Pereira (PSDB) e Alfredo Bambu (Patriota). Favoráveis: Anderson Bokão (DC), Dra. Cristina (PSDB), Emilson Pereira (Podemos), Felizberto Tavares (PR), Jair Diamantino (DC), Lucas Kitão (PSL), Oséias Varão (PSB) e Paulinho Graus (PDT).

“Armação”

O vereador Paulo Magalhães (PSD), propositor da matéria, disse que ela não foi aprovada por “armação” do presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota). Segundo ele, patriota teria ganhado o de voto de Paulo para ser eleito presidente com o compromisso de ajudá-lo a aprovar a proposta. Mas o que houve foi uma ‘falta de respeito’. “Não tenho vaidade de ganhar ou perder. Mas faltaram com respeito com a minha pessoa”, afirmou.

Paulo declara que a matéria foi colocada sem que ele fosse comunicado, pois ela não constava na pauta. Ele diz, ainda, que, após ser pego de surpresa, pediu vistas, mas o pedido foi negado.

“Estava tudo tramado e um soldado sozinho não ganha guerra. Mas estarei sempre aqui, denunciando todos os faltosos.” O vereador reforça, também, que será sempre o primeiro a chegar e o último a sair, “usando a tribuna todos os dias, que é minha trincheira”.

Presidente da Câmara

Romário Policarpo nega que tenha havido armação. O presidente da Câmara afirma que Paulo já sabia que a votação se daria na terça-feira (12) ou quarta-feira. “E assim foi feito.”

De acordo com ele, 25 vereadores assinaram a inclusão da matéria na pauta. Além disso, Policarpo declara que o texto não foi aprovado, porque “o autor não foi atrás dos votos”.

Em relação ao pedido de vistas, ele diz que cabia, mas que foi rejeitado em votação. Por fim, ele reforça que não votou. “Só em caso de empate.”