Iporá: Justiça suspende prisão do ex-prefeito Naçoitan Leite
Advogado assegura que não há impedimento para que Naçoitan reassuma o cargo de chefe do poder Executivo municipal na semana que vem
A Justiça determinou, na tarde desta sexta-feira (16), que o ex-prefeito de Iporá Naçoitan Leite (sem partido) seja liberado da prisão. A defesa do político está a caminho do município para o cumprimento de trâmites burocráticos e disse, ao Mais Goiás, que o estado de saúde do ex-prefeito é bom.
Os advogados asseguram que não há impedimento para que Naçoitan reassuma o cargo de chefe do poder Executivo municipal. Vale citar, Pedro Paulo de Medeiros e Thales Jayme fizeram a audiência.
“Ficamos satisfeitos que a Justiça prevaleceu, que o Judiciário reconheceu o que a defesa já dizia desde o início: não havia motivos para prisão preventiva. Não havia sequer condenação”, disse Pedro.
De acordo com o jurista, Naçoitan “tem o direito de responder em liberdade e demonstrar que nunca teve intenção de fazer mal à ex-esposa nem a ninguém. Ele se desculpou com ela durante a audiência e com toda a população de Iporá. Naçoitan deve retornar à prefeitura ainda hoje e continuar exercendo o cargo para o qual foi eleito”.
Caso
A juíza Izabela Cândida Brito Silva aceitou a denúncia contra o prefeito licenciado de Iporá, Naçoitan Leite, e o tornou réu por tentativa de homicídio contra a ex-esposa e o namorado dela, em 18 de novembro. Ele está preso desde o dia 23 de novembro de 2023.
Ainda sobre o caso, o político é acusado de invadir a casa da ex-esposa e dar 15 contra o quarto em que ela estava com o namorado, em 18 de novembro. Em depoimento à Polícia Civil, Naçoitan admitiu ter misturado bebida alcóolica e remédios na noite do dia 17. Ao delegado regional de Iporá, Ramon Queiroz, Leite revelou que o consumo ocorreu durante as comemorações pelo aniversário do município.
“Ele nos relatou que quando acordou no dia seguinte, após dormir dentro de sua camionete, teve alguns ‘flashes’, onde se lembrava de ter ido à casa da ex mulher, mas que não se recordava do que havia feito lá. Questionado sobre esse apagão na memória, ele disse acreditar que deve ter sido porque está tomando alguns remédios fortes, que misturou com bebida alcoólica”, descreveu o policial.